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JM promove demissões ilegais em Criciúma

Três jornalistas foram ilegalmente demitidos do Jornal da Manhã, em Criciúma, na segunda-feira (13). Os profissionais foram dispensados por retaliação, após aprovarem greve por tempo indeterminado. Com constantes atrasos em salários e sem pagamento há mais de 60 dias, os trabalhadores não encontraram outra alternativa, mas não efetivaram a paralisação, após o pagamento das duas folhas atrasadas e a atuação do SJSC junto ao Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho. A empresa também não estava pagando as contribuições ao INSS e ao Fundo de Garantia, apesar de descontar os valores dos salários. A prática configura crime de apropriação indébita. 

Por conta da aprovação da greve respeitando todos os preceitos legais, o Sindicato dos Jornalistas solicitou uma reunião de mediação no Ministério do Trabalho, agendada para a terça-feira (14), e para a qual a direção da empresa foi convocada. No entanto, surpreendendo a todos, um dia antes o JM demitiu três dos 5 profissionais que atuam diariamente na redação. E não compareceu na audiência sob a alegação de que só falaria com a presença de seu departamento jurídico. Nova reunião de mediação ficou marcada para o dia 20 de fevereiro.

As irregularidades vão desde falsos contratos de estágio até extensas jornadas ilegais de trabalho. Os repórteres eram obrigados a dirigir os veículos e a acumular a função de repórteres fotográficos. No encontro com os jornalistas, o SJSC e a assessoria jurídica explicaram o caso e as opções dos trabalhadores. Além do presidente do SJSC, Aderbal Filho, acompanharam a reunião o assessor jurídico, Herlon Teixeira, e o dirigente Leonel Camasão.

“Demissões amigáveis”

Em entrevista ao site Engeplus,  o diretor do Jornal da Manhã, Milton Carvalho, afirma que as demissões ocorreram “de maneira amigável” e que a empresa “não queria entrar em rota de colisão” com os funcionários. Segundo Carvalho, a empresa estuda terceirizar a produção de conteúdo, o que também seria ilegal.

O presidente do SJSC, Aderbal Filho, considerou as demissões “totalmente ilegais” e um flagrante ato de prática antissindical. “O SJSC tomará todas as medidas necessárias para que estes jornalistas não sejam prejudicados pelos patrões e por represálias. Continuaremos em defesa da dignidade da profissão e dos jornalistas”, afirmou.

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