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Greves afetam noticiários na BBC e na Grécia

Nos dias 18 e 19 de fevereiro, duas greves de jornalistas afetaram a produção noticiosa na rede de britânica BBC e na Grécia, respectivamente. Na BBC os profissionais lutam contra a política de demissões adotada pela empresa para reduzir custos. Já os profissionais da Grécia além de luta contra o desemprego, reivindicam melhores salários e condições de trabalho.

Convocada pelo Sindicato Nacional de Jornalistas (NUJ, na sigla em inglês)a greve de 24 horas iniciada na segunda-feira (18/02), nos estúdios da BBC em Londres e em todo o país, deixou as redações esvaziadas e vários programas tiveram de substituir seus apresentadores, que aderiram à paralisação. O BBC Breakfast, o noticiário matinal, teve apenas um apresentador. Vários programas da Radio 5live foram cancelados. Outros programas ao vivo foram substituídos por documentários e programas gravados.

O corte de custos em curso na BBC está por trás das demissões. A empresa, que é financiada por uma taxa anual paga por todos os britânicos que têm acesso ao conteúdo da BBC, seja por televisão em casa ou computador, a chamada Licence Fee, precisa, segundo seus dirigentes, enxugar suas despesas em 20% até 2017. A rede britânica que hoje tem cerca de 23 mil funcionários e teve, entre os anos de 2011 e 2012, um orçamento de 5,086 bilhões de libras esterlinas (equivalente a R$ 15,5 bilhões), prevê, em seu programa de reestruturação, a extinção de 2 mil postos de trabalho.

Um porta-voz da BBC pediu desculpas à audiência e disse que a corporação está “desapontada” com a greve. “Infelizmente, a ação não altera o fato de que a BBC precisa atingir metas para economizar”, disse. Já a presidente do NUJ, Michelle Stanistreet, disse que as decisões tomadas pelo comando da BBC estão prejudicando os jornalistas, que são forçados a sair de seus empregos, e comprometendo a qualidade do jornalismo e da programação da rede.

Já na Grécia, embora convocada pelo sindicato da categoria para a quarta-feira (20/2), a greve geral de 24 horas começou na manhã de terça-feira (19), deixando o país sem noticiário. Os jornalistas decidiram adiantar a paralisação em um dia. Eles exigem um novo convênio salarial e medidas para lutar contra o desemprego.

Na madrugada, os canais de televisão começaram a repor a grade com a programação de dias anteriores. Os sites deixaram de ser atualizadas e as redações amanheceram vazias, deixando a quarta-feira sem jornais publicados.

A greve, convocada somente para os meios de comunicação sediados em Atenas, onde estão os mais importantes do país, ocorreu no dia em que o governo de Andonis Samaras aguardava a visita do presidente francês François Hollande.

Segundo o presidente da Associação de Jornalistas de Meios de Atenas (ESIEA, na sigla em grego), Dimitris Trimis, a taxa de desemprego está em 35%, enquanto a média do país é de 27%. Além disso, quase todos os meios de comunicação obrigaram seu pessoal a assinar contratos individuais, com salários muito abaixo do acordo coletivo, que venceu no final de 2010.

Com informações da BBC.com e do Portal Imprensa

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