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SJSC e sindicato patronal retomam negociações, mas ainda não há acordo

Após dois adiamentos, em novo encontro virtual, representantes do Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato de Jornais e Revistas de Santa Catarina reuniram-se, na manhã de terça-feira (15/05), para dar continuidade a Negociação Coletiva de 2021. Embora com propostas bastante distintas, as partes manifestaram a disposição de chegar a um acordo. O debate deu-se a partir de 11 cláusulas econômicas e sociais destacadas pelos representantes dos trabalhadores.

Na conversa da última terça, em princípio o Sindicato patronal recusou as duas propostas sociais que tratam da compensação financeira para trabalhadores e home office, que inclui fornecimento de equipamento e ajuda de custo com gastos como internet e energia elétrica; e também recusaram a proposta que busca instituir equipamentos de segurança para coberturas de risco, como fornecimento de capacete e coletes, quando necessário.

O argumento dos empresários foi o mesmo de sempre: queda no faturamento das empresas. Apesar das duas negativas, o SJSC conseguiu manter as duas cláusulas em pauta, com o compromisso de apresentar nova redação para as duas propostas.

O ponto de convergência na reunião ficou por conta da concordância de adoção das medidas necessárias para trabalho presencial na pandemia, como fornecimento de máscara, álcool em gel e cumprimento das normas vigentes de distanciamento social.

Vacinação dos jornalistas

Outro ponto debatido no encontro foi a necessidade de se priorizar a vacinação dos jornalistas, bandeira levantada pelo SJSC e pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Em comum acordo, os sindicatos patronal e laboral se comprometeram em buscar uma interlocução com o governo de SC para inclusão dos profissionais da comunicação na linha de frente entre os grupos prioritários.

Iniciativas semelhantes foram adotadas em outros estados que anunciaram a inclusão de jornalistas entre os grupos prioritários para a vacinação, como Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Bahia.

A inclusão dos jornalistas entre os grupos prioritários ganha adesão no país pela característica da atividade, que desde o início da pandemia também é classificada como essencial. De maneira similar a outras profissões que estão na linha de frente no combate à pandemia, como profissionais de saúde, professores, policiais militares, bombeiros, os trabalhadores da mídia, por dever de ofício, se colocam em risco, garantindo à sociedade o acesso à informação correta e de fontes seguras.

Reposição de perdas

A pauta salarial, ainda sem entendimento entre as partes. O SJSC recusou a proposta patronal de reajuste de 3,8%, já que a inflação do período sem reajuste dos jornalistas (2019-2021) é de 10,24%.

Uma nova rodada de negociação está agendada para a próxima terça-feira, 22, às 10h30.

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