Após duas rodadas de negociação, a contraproposta do sindicato patronal de jornais e revistas às reivindicações dos jornalistas de Santa Catarina resumiu-se ao reajuste dos salários pela inflação. Em troca, a intenção patronal é reduzir ainda mais os direitos da categoria, com a retirada de cinco cláusulas sociais e sindicais.
Na primeira reunião da Negociação Coletiva 2019, os representantes patronais cumpriram as regras de praxe para assegurar a manutenção da data-base dos jornalistas em 1º de maio, assumiram o compromisso da manutenção do diálogo no processo negocial, expuseram seu objetivo de que se tenha um rápido desfecho com vistas a um acordo e entregaram sua contraproposta.
Já na segunda reunião, foi apresentada a posição tirada em reunião da Executiva do SJSC com a Comissão de Negociação da categoria. Considerou-se positiva a disposição patronal ao diálogo, como também a intenção de uma negociação mais ágil, evitando-se o desgaste do processo anterior, que arrastou-se por quase dois anos.
A contraproposta patronal, no entanto, foi considerada insuficiente. Piso salarial de apenas R$ 2.585,77, reajuste salarial de 5,07% e retirada de mais direitos dos jornalistas, vamos combinar… não é proposta para acordo.
O diálogo prosseguiu com os representantes patronais justificando sua contraproposta pelas dificuldades da conjuntura econômica do país. “Não foram os trabalhadores que criaram essa crise e para os jornalistas está muito mais difícil”, replicou o presidente do SJSC, Aderbal Filho.
As partes comprometeram-se em realizar uma terceira reunião, ainda no mês de junho, para buscar um entendimento.