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Negociações com donos de jornais não avançam

Em nova mediação promovida pelo Ministério Público do Trabalho nesta terça-feira (9), as negociações salariais com os representantes das empresas de Jornais e Revistas do Estado de Santa Catarina (Sindejor/SC) não avançaram. Coordenado pelo Procurador Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas, o encontro não chegou a uma resolução sobre o impasse com os jornalistas.

A proposta do segmento empresarial “evoluiu” 0,09%, passando de 4,91 para 5% de reajuste no piso e nos demais salários. A inflação do período foi de 9,83%. Em outras palavras, a proposta dos empresários é de arrocho nos salários dos jornalistas. Os representantes jurídicos do sindicato patronal alegaram a “impossibilidade” das empresas pagarem a inflação, não avançando em relação à última negociação, realizda em julho.

“Infelizmente, foi mais um momento onde a representação patronal fez uma proposta indecente. Esperamos que se os patrões quiserem sinceramente chegar a um acordo, revejam sua posição para podermos ter uma negociação que valorize o trabalho dos jornalistas”.

Já o Sindicato dos Jornalistas considerou a proposta insuficiente, citando como exemplo outros estados onde já houve julgamento de dissídios assegurando a menos a reposição das perdas provocadas pela inflação, como Pernambuco e Rio Grande do Norte. Os jornalistas de Santa Catarina reivindicam a reposição da inflação, mais um aumento real de 5% para o piso salarial e para os demais salários.

Empresas de Rádio e Televisão não reconhecem jornalistas

Mais uma vez, o Sindicato dos Jornalistas cobrou a ausência do Sindicato das Emissoras de Rádio e Televisão (Sert/SC) na mesa de negociação, setor que emprega 43% dos jornalistas que trabalham em redações no estado de SC. O Sindicato enviou ofício à entidade, cobrando sua presença na negociação, mas o SERT respondeu que negocia apenas com o Sindicato dos Radialistas, representante da “categoria preponderante”.  Ou seja, nega-se a reconhecer os jornalistas como categoria diferenciada, como determina a legislação brasileira.

Sem acordo, a próxima audiência ficou marcada para 31 de agosto, quando o segmento patronal se comprometeu a trazer propostas que melhorem as cláusulas econômicas e sociais.

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