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Florianópolis recebe 8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

Florianópolis recebe até sábado (7) a 8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, no auditório do Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc). A programação gratuita é composta por uma mostra competitiva, outra de realizadores indígenas e uma retrospectiva em homenagem ao cineasta Vladimir Carvalho. Serão quatro exibições diárias às 8h30, 14h, 16h e 19h30.

A abertura do evento teve a exibição do curta-metragem “A Onda Traz, o Vento Leva” e a animação “Uma História de Amor e Fúria”. Todos os 38 filmes serão exibidos com closed caption para pessoas com deficiência auditiva e haverá sessões com audiodescrição para pessoas com deficiência visual.

A Mostra Competitiva conta com 24 filmes produzidos recentemente no Brasil e outros países da América do Sul. São 13 longas, sete médias e quatro curtas, que tratam de temas relacionados aos direitos humanos, como inclusão das pessoas com deficiência, diversidade sexual, direito à memória e à verdade, população de rua, entre outros. Os melhores filmes serão escolhidos pela plateia ao final das sessões.

“Nossa proposta é utilizar a linguagem cinematográfica para estabelecer um diálogo direto com a população. A mostra tem o importante papel de disseminar e fortalecer a educação e a cultura em direitos humanos, especialmente de forma a alcançar os setores historicamente excluídos ou com menos acesso a bens culturais, tratando do enfrentamento a todas as formas de violações de direitos”, diz a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes.

 

Confira a programação:

 

Dia 3 de dezembro, terça-feira

14h – Sessão com 102 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Brasília Segundo Feldman – Vladimir Carvalho (Brasil, 1979, 22’)

Os primeiros tempos de Brasília, no último ano de sua construção. Depoimentos de pioneiros e trabalhadores sobre aquele momento e as condições de vida dos candangos. A trilha sonora vale-se de gravações realizadas à época, emprestando especial colorido ao filme.

O País de São Saruê – Vladimir Carvalho (Brasil, 1979, 80’)

A ação do homem nas terras secas do sertão nordestino, colonizado depois da luta contra os índios que foram exterminados. O latifúndio na exploração da terra gerou um sistema carregado de injustiça social, responsável pela miséria e o atraso da região. Esse quadro é visto e poetizado através dos três reinos da natureza: animal, vegetal e mineral, com a criação de gado, a lavoura do algodão e a exploração do ouro.

16h – Sessão com 80 minutos de duração:

As hiper-mulheres – Takumã Kuikuro, Carlos Fausto, Leonardo Sette (Brasil, 2011, 80’)

Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios, enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente.

19h30 – Sessão com 85 minutos de duração, com exibição de 5 filmes em sequência:

Transformer: AK – 47s Into Guitars – 5´22”

Acreditar que as coisas podem mudar para melhor. Isso é a chave para a recuperação de muitos indivíduos – e sociedade – depois de viverem momentos ruins. Esta é a história de um artista que ajuda as pessoas a imaginarem como podem transformar uma história de violência.

Colombia: Wayuu “Gold” – 8´46”

Colombia – terra de uma das reservas mais preciosas do mundo. Porém, nem todos os colombianos estão ganhando a sua parte. Nós viajamos a um remoto lugar do país onde uma mulher extraordinária está lutando pela sobrevivência de sua comunidade.

Argentina: Dreaming of a Clean River – 6´27”

Um dos rios mais poluídos do mundo atravessa Buenos Aires, o que ameaça a saúde da população mais pobre. Agora, uma determinada menina de nove anos e sua mãe decidiram que “basta”.

Los descendientes del Jaguar – Eriberto Gualinga, Mariano Machain, David Whitbourn

(Equador/Inglaterra, 2012, 29’)

O filme nos apresenta o processo de luta do povo indígena de Sarayaku frente à Corte Interamericana de Direitos Humanos no momento em que se entrega, de maneira inconstitucional, o Bloco 23 à exploração petrolífera, durante o governo de Lucio Gutiérrez. A entrega desses territórios desrespeita a lei que indica que deve ser realizada uma consulta prévia aos habitantes da região. O filme segue representantes do governo e habitantes de Sarayaku que, através de seus testemunhos, reivindicam uma defesa da natureza diante do petróleo.

Paredes invisíveis: Hanseníase Região Norte – Vera Rotta e Caco Schmitt (Brasil, 2013, 37’)

Documentário da COMISSÃO INTERMINISTERIAL DE AVALIAÇÃO – SNPDPD/SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, sobre a reconstrução da vida de centenas de brasileiros atingidos pela hanseníase, da Região Norte, após a concessão de uma indenização pelo Governo Federal, por terem sido submetidos à internação e isolamento compusórios em hospitais-colônia. Consiste em uma série de depoimentos sobre a doença, sobre a segregação social, sobre a rotina de isolamento nas ex-colônias, sobre política de profilaxia da “lepra” até 1986 e sobre o que mudou com a indenização.

 

Dia 4 de dezembro, quarta-feira

8h30 – Sessão com 82 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Barra 68 – Sem Perder a Ternura – Vladimir Carvalho (Brasil, 1961, 82’)

Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranquilidade e ficou estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época, uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.

14h – Sessão com 95 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Maio, nosso maio – Farid Abdelnour (Brasil, 2011, 12’)

Feita com Software Livre e em um processo coletivo, a animação “Maio Nosso Maio” apresenta de forma leve e compromissada uma leitura histórica que resgata o sentido original do Dia dos Trabalhadores.

Insurgentes – Jorge Sanjinés (Bolívia, 2012, 83’)

Através da reconstrução de momentos históricos cruciais na longa luta dos índios bolivianos em busca da recuperação da soberania perdida por conta da colonização espanhola e da opressão a seus descendentes, o filme resgata as vidas de vários indígenas que brilharam com sua própria luz nessa luta descomunal, que culmina com a ascensão de um índio à presidência da República.

16h – Sessão com 91 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Carga Viva – Deborah de Oliveira (Brasil, 2013, 18’)

Uma família, o tempo, o ofício. O tempo do ofício.

A cidade é uma só – Ardiley Queirós (Brasil, 2011, 73’)

Reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do Entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a chamada Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que, em 1971, removeu os barracos que ocupavam os arredores da então jovem Brasília. Tendo a CEILÂNDIA como referência histórica, os personagens do filme vivem e presenciam as mudanças da cidade.

19h30 – Sessão com 102 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Bicicletas de Nhanderu – Patrícia Ferreira e Ariel Ortega (Brasil, 2011, 48’)

Uma Imersão na espiritualidade presente no cotidiano dos Mbya-Guarani da aldeia Koenju, em São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul.

PI´ÕNHITSI, Mulheres Xavantes sem Nome – Divino Tserewahú, Tiago Torres (Brasil, 2009, 54’)

Desde 2002, Divino Tserewahú tenta produzir um filme sobre o ritual de iniciação feminino, que já não se pratica em nenhuma outra aldeia Xavante, mas desde do começo das filmagens todas as tentativas foram interrompidas. No filme, jovens e velhos debatem sobre as dificuldades e resistências para realização desta festa.

 

Dia 5 de dezembro, quinta-feira

8h30 – Sessão com 102 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Codinome Beija-Flor – Higor Rodrigues (Brasil, 2012, 16’)

Viver é correr riscos. Com os relacionamentos, aprendemos a viver. Há marcas que são levadas para o resto da vida. Documentário sobre pessoas soropositivas.

Repare bem – Maria de Medeiros (Brasil, 2012, 95’)

O jovem guerrilheiro Eduardo Leite “Bacuri” morre em 1970 nas mãos da ditadura militar brasileira. Sua companheira Denise Crispim, perseguida e presa durante sua gravidez, consegue fugir do país, depois do nascimento de Eduarda. Hoje, depois de quarenta anos vividos entre Itália e Holanda , Denise e Eduarda receberam anistia e reparação do Brasil.

14h – Sessão com 94 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

O Prisioneiro – Martin Deus, Omar Zambrano e Juan Chappa (Venezuela, 2012, 24’)

Um grupo de escoteiros está jogando um jogo de estratégia nas montanhas quando dois integrantes da equipe amarela decidem fazer um membro da equipe vermelha prisioneiro.

Ilegal.com – Alessandro Angulo Brandestini (Colômbia, 2012, 70’)

Este documentário explora as razões pelas quais a política proibitiva e a guerra contra as drogas não têm conseguido, nem conseguirá, erradicar o problema do narcotráfico e do consumo de drogas, refletindo sobre outras estratégias. Através de entrevistas com grandes estudiosos do tema, nacionais e estrangeiros, como Ethan Nadelmann, Milton Friedman, Noam Chomsky, Daniel Mejía, Rodrigo Uprimny e Alfredo Rangel, entre outros, o documentário promove o debate acerca do tema a partir do ponto de vista econômico, de onde se contempla a opção de uma possível legalização.

16h – Sessão com 48 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Kene Yuxi, as voltas do Kene – Zezinho Yube (Brasil, 2006, 48’)

Ao tentar reverter o abando das tradições do seu povo e seguindo as pesquisas do seu pai, professor e escritor Joaquim Maná, Zezinho Yube corre atrás dos conhecimentos dos grafismos tradicionais das mulheres Huni Kui auxiliado por sua mãe.

19h30 – Sessão com 153 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Conterrâneos Velhos de Guerra – Vladimir Carvalho (Brasil, 1991, 153’)

Os primeiros tempos de Brasília, ainda era construção, em 1959. Os canteiros de obras se espalham por toda parte e os trabalhadores, chamados de candangos, afluem de vários pontos do país, especialmente do Nordeste. São péssimas as condições de trabalho, terminando por provocar uma chacina que vitimou grande número de operários. A memória deste e de outros episódios chega aos nossos dias pelo testemunho daqueles que viveram a experiência da construção da capital brasileira.

 

Dia 6 de dezembro, sexta-feira

8h30 – Sessão com 103 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Malunguinho – Felipe Peres Calheiros (Brasil, 2013, 15’)

Malunguinho liderou o quilombo do Catucá, nos arredores de Recife, no início do século XIX. Apesar de ter sido assassinado em 1835, ainda hoje é cultuado pelos praticantes da Jurema Sagrada, religião de matriz indígena com influências africanas do nordeste do Brasil.

Paralelo 10 – Sílvio Da-Rin (Brasil, 2011, 87’)

Retrata um trabalho pioneiro e arriscado realizado em uma pequena base Xinane, da FUNAI, próximo ao Paralelo 10º Sul, oeste do Acre, na fronteira com o Peru. Em instalações simples, no meio da selva, o sertanista José Carlos Meirelles leva adiante a difícil missão de proteger os índios isolados da região, contando com o auxílio do antropólogo Terri Aquino. Com poucos recursos, os especialistas desempenham incansavelmente suas tarefas. Além de realizarem uma negociação permanente com as populações ribeirinhas da área, eles também lidam com o enfrentamento com traficantes e posseiros que tentam invadi-la.

14h – Sessão com 107 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Silêncio – Alberto Bellezia e Cid César Augusto (Brasil, 2012, 12’)

João Melo é conhecido como silêncio. Ele mora numa caverna há 27 anos.

Sibila – Teresa Arredondo (Chile/Espanha/França/Perú, 2012, 95’) – 10 anos

Lembro-me da noite que mudou a história da minha família. A minha tia, Sibila, era uma prisioneira acusada de ser um membro do “Sendero Luminoso”. Eu tinha 7 anos de idade e o silêncio protetor dos meus pais ajudaram tornar sua imagem um grande mistério na minha vida. Seu confinamento durou 15 anos. “Sibila” é uma viagem que está olhando para o passado, mas também o encontro entre duas gerações que buscam diálogo.

16h – Sessão com 93 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Leve-me pra sair – Zé Agripino (Coletivo Lumika) (Brasil, 2012, 19’)

Um grupo de adolescentes gays da cidade de São Paulo e suas visões de mundo.

Katia – Karla Holanda (Brasil, 2012, 74’) – Livre

Este documentário conta a história da primeira transexual eleita para um cargo político no Brasil. Além de mostrar como José se transformou em Kátia Tapety, o filme nos apresenta a trajetória política da travesti piauiense que lidou com o preconceito do pai na infância, mas hoje é respeitada entre seus conterrâneos. Ela foi a vereadora mais votada de seu município por três vezes consecutivas e chegou a vice-prefeitura da cidade de Colônia do Piauí, entre 2004 e 2008.

19h30 – Sessão com 115 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Quando a casa é na rua – Thereza Jessouroun (Brasil, 2012, 35’)

O que leva crianças e jovens a viver nas ruas? O que faz com que deixem as ruas? O documentário procura responder essas perguntas com depoimentos e imagens cotidianas de jovens que cresceram nas ruas da cidade do México e do Rio de Janeiro.

Em busca de um lugar comum – Felippe Schultz Mussel (Brasil, 2012, 80’)

Rio de Janeiro, 2011. Anunciadas mundo afora como principal cenário das mazelas sociais brasileiras, as favelas cariocas se consolidaram como um dos pontos mais visitados do Rio. Imerso nos passeios pela Favela da Rocinha, o documentário investiga os desejos e as imagens envolvidas na construção deste disputado destino turístico. Um mercado que, atento às demandas, não cessa em projetar seus novos atrativos.

 

Dia 7 de dezembro, sábado

14h – Sessão com 70 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Caíto – Guillermo Pfening (Argentina, 2012, 70’)

Caíto conta a relação de amor entre dois irmãos: Guillermo é ator e emigrou para Buenos Aires, Caíto ficou em Marcos Juárez, Córdoba. Guillermo volta como diretor a sua cidade natal, com atores, câmeras, luzes e toda uma equipe técnica para fazer um registro documental do dia a dia de seu irmão. Ao observá-lo em sua relação com o pai, a fisioterapeuta, as mulheres, os amigos, descobre em Caíto um profundo desejo de ser pai. A partir desse momento, oferece a ele um relato de ficção para que seja o protagonista de sua história idílica.

16h – Sessão com 107 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

Os dias com ele – Maria Clara Escobar ( Brasil, 2013, 107’)

Maria Clara mergulha no passado quase desconhecido de seu pai, Carlos Henrique Escobar. As descobertas e frustrações de acessar a memória de um homem e de um período da história brasileira cheio de lacunas. Ele, um intelectual preso e torturado durante a ditadura militar, não fala sobre isso desde aquele tempo.

18h – Sessão com 85 minutos de duração, com exibição de 1 filme:

O Evangelho Segndo Teotônio – Vladimir Carvalho (Brasil, 1984, 85’)

Passagens da vida do senador alagoano Teotônio Vilela, todo o processo de sua formação como homem público, desde a sua infância como menino de engenho até a etapa com sua campanha pela restauração democrática do país e a liberdade dos presos políticos. Ao final, a sua agonia vitimada pelo câncer contra o qual lutou até seus últimos dias.

20h – Sessão com 107 minutos de duração, com exibição de 2 filmes em sequência:

Acalanto – Arturo Saboia (Brasil, 2013, 23’)

Uma senhora analfabeta busca amenizar a saudade do seu filho ao solicitar a um conhecido para que leia diversas vezes a mesma velha e única carta enviada há dez anos por seu filho. Através dessas leituras, uma bonita amizade e cumplicidade é criada entre os dois.

As Iracemas – Alexandre Pires Cavalcanti (Brasil, 2012, 84’)

Um olhar sobre a vida de quatro mulheres de uma mesma família que vivem isoladas num casebre de pau-a-pique na região do Alto do Mingú, entre os municípios de Rio Acima e Raposos (MG).

 

FONTE: G1

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