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Maranhão Bahia e Porto Velho (RO) anunciam vacinação de jornalistas; em SC, governo ignorou pedido dos profissionais que cobrem diariamente a pandemia

Federação Nacional dos Jornalistas aponta que em 2021 morreu um jornalista por dia por Covid-19

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou que as doses de vacinas contra a Covid-19 vão chegar a todas as empresas de comunicação e alcançarão todo os profissionais, incluindo auxiliares, que prestam serviço de forma direta ou indireta no setor. No mesmo sentido, em porto Velho, capital de Rondônia, a Câmara municipal aprovou e o prefeito Hildon Chaves (PSDB) sancionou projeto de lei 4.132/2021 incluindo jornalistas no grupo prioritário para imunização. Nos dois casos, as decisões atenderam demanda dos sindicatos profissionais da categoria. Já na Bahia, a vacinação de jornalistas foi aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB). A medida inclui jornalistas com idade superior a 40 anos e abrange ainda fotojornalistas, repórteres cinematográficos e blogueiros registrados. Em Cuiabá (MT), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB)  anunciou que jornalistas serão incluídos no grupo prioritário nas próximas semanas.

Em Santa Catarina, o SJSC também cobrou atitude do governo do Estado, mas o pedido foi solenemente ignorado pelas autoridades estaduais. Enquanto isso, surtos do vírus foram registrados em redações no estado.

A inclusão dos jornalistas entre os grupos prioritários ganha adesão no país pela característica da atividade, que desde o início da pandemia também é classificada como essencial. De maneira similar a outras profissões que estão na linha de frente no combate à pandemia, como profissionais de saúde, professores, policiais militares, bombeiros, os trabalhadores da mídia são obrigados a se colocar em risco, garantindo a todo cidadão e cidadã o acesso à informação correta e de fontes seguras.

Na pauta de reivindicações da Convenção Coletiva de Trabalho de 2021, uma das cláusulas pedidas pelos jornalistas catarinenses é o apoio das empresas de comunicação para campanha que busca a inclusão dos profissionais nos grupos prioritários. A negociação ainda está em curso.

De janeiro a abril de 2021, em quatro meses, os números de jornalistas vítimas de Covid no país explodiram, com o registro de 124 óbitos, uma média uma vida perdida por dia.

E esse número pode ser ainda maior. Divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), outro dado chama atenção. No primeiro trimestre de 2021 foram registrados 435 desligamentos por morte de profissionais no setor. Em 2020 foram 194 desligamentos por morte, o que revela um crescimento de 124% nas mortes no setor de comunicação.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lançou um abaixo-assinado para ampliar a mobilização que quer a inclusão de jornalistas nos grupos prioritários, se somando a outros trabalhadores já contemplados, como rodoviários, industriais e trabalhadores da limpeza urbana.  Em uma semana, 5 mil jornalistas já deram seu apoio a vacinação da categoria

Com informações da Fenaj

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