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Comissão da Verdade dos Jornalistas vai analisar 25 casos de profissionais mortos pela ditadura

“O direito à informação foi violentado de forma brutal, na ditadura, com prisões, empastelamento de jornais, exílio e a morte de muitos companheiros jornalistas”, disse na última segunda-feira (25) a representante da Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas, Rose Nogueira, após assinar termo de cooperação com a Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Rose Nogueira é diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e membro da Comissão da Verdade dos Jornalistas em nível nacional e estadual. A de nível nacional foi criada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a estadual pelo SJSP.

A representante da Comissão da Verdade dos Jornalistas disse que, inicialmente, a comissão fez um levantamento de 16 jornalistas mortos pela ditadura civil militar, mas a apuração será ampliada com os novos dados. “Recebemos informações de outras investigações que apontam 25 jornalistas”, revelou.

Questionada se o número poderia ser maior, Nogueira disse que a comissão vai estudar caso a caso e que espera que “os familiares e os jornalistas perseguidos contem as suas histórias”.

A jornalista defendeu ainda a importância de as diferentes categorias profissionais criarem as suas comissões da verdade. “As categorias que foram perseguidas devem levantar as informações. Precisamos contribuir com a Comissão [Nacional] da Verdade para apurar as denúncias e restabelecer a verdade dos fatos”, conclamou.

A Comissão da Verdade dos Jornalistas deve apurar as perseguições sofridas pelos profissionais de comunicação, a censura aos veículos e eventuais colaborações dos meios de comunicação com a ditadura. “A ideia nossa é examinar tudo o que diz respeito à imprensa neste sentido. Tudo o que a gente tiver de maneira comprovada, a comissão vai colocar no relatório”, completou.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas de SP, com informações da EBC

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