0,00 BRL

Nenhum produto no carrinho.

Para a FENAJ, ADINs da TV paga evidenciam erro de não debater o marco regulatório da comunicação

No dia 25 de fevereiro a política de cotas para produção nacional na TV paga voltou ao centro dos debates da segunda audiência pública convocada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. Fux é o relator de três ações diretas de inconstitucionalidade contra a lei aprovada pelo Congresso em 2011 sobre TV por assinatura. Para a FENAJ, o governo federal e o Congresso Nacional equivocam-se ao não enfrentarem globalmente o debate do novo marco regulatório das comunicações no Brasil.

A Lei 12.485/2011 é questionada no STF pelo Democratas, pela Associação NeoTV, que reúne pequenos e médios prestadores de serviços de TV por assinatura e pela Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra). Para o DEM, as cotas representam “restrição da liberdade da atividade econômica, da livre iniciativa, do direito do consumidor e do direito de comunicação”. O partido também questiona os artigos que conferem novas atribuições à Agência Nacional do Cinema (Ancine), que passa a regular e fiscalizar as atividades de programação dos canais e de empacotamento (formação de pacotes de canais). Conforme a legenda, a lei transforma a agência “em uma espécie de regulador absoluto das atividades de comunicação privadas não sujeitas a outorgas públicas”.Já a NeoTV e a Abra questionam artigos da lei que impedem o controle da atividade de produção de conteúdo por empresas de telecomunicações e o controle de empresas de telecomunicações por radiodifusores.

Após quase cinco anos de discussão no Congresso Nacional sobre o PL 29/07, a abertura do mercado de TV a cabo para as concessionárias de telefonia fixa – que anteriormente tinha impedimentos legais – foi mantida na Lei 12.485/2011, que, além de promover alterações no projeto original, também incorporou outras propostas como a política de cotas.

Nas duas audiências públicas promovidas pelo STF para debater o assunto, 32 pessoas, entre representantes do governo, do mercado e especialistas foram ouvidas. O Supremo ainda não marcou a votação das ações diretas de inconstitucionalidade contra a lei do setor de televisão por assinatura.

Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, embora não seja a proposta ideal, a cota de produção nacional na TV por assinatura deve ser mantida. Ele considera que os equívoco maiores, do governo federal e do Congresso Nacional, foram permitir a entrada das teles neste setor da comunicação e não enfrentar o debate sobre o novo marco regulatório das comunicações. “Esta política de fatiar o debate das comunicações, aprovando apenas legislações específicas, só favorece os interesses privados”, critica.

Schröder considera que a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM) aprovou resoluções que indicam o caminho para um novo e democrático arcabouço legal das comunicações no Brasil. “Se o governo e o parlamento não enfrentarem este debate globalmente, darão as costas para os movimentos sociais e para a perspectiva de aperfeiçoamento do processo democrático brasileiro”, finalizou.

Com informações da Agência Brasil

Matérias semelhantes

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais lidas