O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina manifesta seu pesar pelo falecimento do escritor e jornalista Salim Miguel, sócio desta entidade e um dos principais nomes da literatura catarinense e brasileira. Internado com problemas pulmonares desde 7 de abril, no Hospital Santa Luzia, em Brasília, ele faleceu no dia 22, aos 92 anos.
Salim nasceu no Líbano, mas veio ainda criança para Biguaçu, na Grande Florianópolis, onde começou sua trajetória e acabou se tornando um dos mais importantes nomes da literatura de Santa Catarina e brasileira, somando 33 livros publicados.
Após ser preso pela ditadura, em 1964, Salim e sua esposa, Eglê Malheiros, mudaram-se para o Rio de Janeiro. Salim trabalhou em veículos como “Manchete” e “Jornal do Brasil”.
Um dos iniciadores do Grupo Sul, movimento modernista que revolucionou a literatura catarinense, Salim dedicou praticamente toda sua vida à promoção da cultura,fundando revistas literárias e envolvendo-se na produção de exposições, atividades de cinema e teatro.
Parte de sua carreira também foi construída na UFSC, onde atuou como assessor de imprensa e dirigiu a Editora da Universidade, no começo de suas atividades. Entre 1993 e 1996, presidiu a Fundação Franklin Cascaes, autarquia responsável pela política cultural da Prefeitura de Florianópolis.
Sempre que questionado sobre a possibilidade de disputar uma cadeira na Associação Brasileira de Letras, Salim dizia, sem vaidades e com orgulho, que a única entidade a que pertenceu, durante toda a vida, foi o Sindicato dos Jornalistas Profissionais, “que é a minha categoria”.
O Sindicato dos Jornalistas se solidariza com a professora Eglê Malheiros, seus 5 filhos e demais parentes, e deseja força nesse momento de despedida.