Os jornalistas Paulo Markun e Vladimir Herzog tiveram um rápido e intenso período de convivência. Se conheceram no fim de março de 1975, na redação Folha de S.Paulo, e se viram pela última vez no dia 17 de outubro do mesmo ano.
Naquele dia, Markun, chefe de reportagem da TV Cultura, onde os dois trabalhavam, foi preso pelos militares. Uma semana depois, era Vlado quem se apresentava no Doi-Codi, onde seria torturado e assassinado no dia 25 de outubro.
Se não teve a chance de conhecer melhor o colega em vida, Markun o conheceu e descobriu muito sobre Vladimir Herzog para escrever a biografia Meu Querido Vlado, lançada há dez anos e agora reeditada, com um novo prólogo e atualizações após os trabalhos da Comissão da Verdade.
Revista Brasileiros