No dia 17 de julho, a FENAJ realizou reunião ampliada de sua diretoria para definição de ações relativas à luta pela manutenção da exigência do diploma. Dirigentes de 25 Sindicatos de Jornalistas participaram da discussão e Santa Catarina foi representada pelos diretores Josemar Sehnem e Luis Prates.
Leia abaixo o relato de Luis Prates sobre a reunião:
“A maioria dos sindicatos de jornalistas do Brasil não realizava há muito tempo um encontro com a FENAJ e que reunisse tantos dirigentes sindicais. Neste dia todos os representantes de Sindicatos tiveram a oportunidade de expor realidade do dia-a-dia do trabalho os jornalistas em seus respectivos estados. Também deram um retorno sobre como repercutiu a decisão do STF sobre a queda do diploma e também como estão em andamento as lutas para a retomada do diploma.
Ao historiar o trabalho em Santa Catarina, informamos que o SJSC já vinha lutando pela exigência do diploma para o exercício da profissão, assim como pela qualidade de ensino nas universidades.
Logo após a decisão do STF, o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina iniciou uma série de viagens pelo Estado em visita às regiões para debater o assunto, reunindo-se com profissionais, estudantes e professores. O ponto principal desses encontros foi o definir estratégias de luta, de como agir no dia-a-dia, como seriam as lutas pela retomada da exigência do diploma para exercer a profissão de jornalista.
Após as assembléias regionais cada região criou sua comissão, composta por profissionais, estudantes e representantes do SJSC para lutar pela retomada do diploma. Algumas regiões já começaram a defesa realizando protestos nas ruas, matérias em jornais, criando selo de qualidade e outras séries de luta.
O SJSC, através de seus diretores Josemar e Prates, mostrou em São Paulo a realidade do Estado e uma proposta de luta e de mobilização, dividida em níveis institucional, interno e popular.
Eles colocaram em suas explanações para os demais sindicalistas e membros da FENAJ que dentro da luta institucional é importante criar alianças táticas com parlamentares, acompanhar as PEC´s, propor moções de repúdio ao STF e apoio aos jornalistas, pressionar o Congresso e aglutinar forças nas entidades e representações de classe.
Já na batalha interna, estimular a categoria a se mobilizar e lutar por sua profissão não apenas com os patrões, mas também fazendo uma análise de sua conduta no dia-a-dia de sua atividade, trabalhando com ética e respeito aos profissionais e sempre buscar ao máximo a imparcialidade e a verdade.
Por fim, no campo popular, mostrar para a sociedade a importância do papel do jornalismo sério e profissional em que se exija o diploma , mas um diploma com qualidade, uma educação acessível a todos e de qualidade, e não esta que se apresenta hoje para nós: um comércio de canudos.
A decisão dos ministros do Supremo em derrubar o diploma foi uma decisão totalmente política, conseqüência da luta de classes”.
Foto: Claudio Silva Sarará