nesta quarta-feira, a partir das 19h, no plenarinho da ALESC
“Ao raiar da segunda-feira, remanescia apenas o tom desinsofrido de idos pandemônios – esgarçamento de nuvens, esgalharias e frutinhas soltas, barcos meio emborcados e humildes por tal derrota na firmeza da terra, em retaguarda. Umidades flutuavam ainda; mas tudo, enfim, era um saldo: o diabo foi-se, se foi cansado com a própria malvadeza. E um sol agora já fariscava o dia, amadurando nos lados da Armação.”
O parágrafo acima inicia o brilhante “Desafogados”, do livro Singradura, do jornalista e escritor Flávio José Cardozo. Mais do que um parágrafo inicial, é motivador para renovar o convite para um círculo de palavras que com o autor os jornalistas tem amanhã, quarta-feira, a partir das 19h, no plenarinho da Assembléia Legislativa de Santa Catarina.
O encontro desta quarta-feira é para comemorar os 40 anos do primeiro livro de Flávio, o fantástico conjunto de 20 contos do Singradura, impresso pela Editora Globo, de Porto Alegre. Vale ressaltar outra figura importante nesta obra: o planejamento gráfico do Singradura é da autoria da portuguesa Cremilda de Araújo Medina, hoje doutora e professora na Universidade de São Paulo. Funcionário da Editora Globo, Cremilda também auxiliou na montagem da capa, dividindo crédito com Henrique G. Arnholdt.
O convite do Sindicato dos Jornalistas de SC para este encontro com Flávio José Cardozo é para além da lembrança das quatro décadas do primeiro livro, nascido premiado no 1º Concurso Nacional de Contos do Paraná. É também para saber mais sobre a profissão de jornalista, que Flávio exerceu na redação como contador de histórias diárias, aquele que vê para além da notícia, o cronista.
