Um clima tenso rondou a Rodovia José Carlos Daux, 4190, em Florianópolis, na tarde de segunda-feira (17). Um homem armado entrou no prédio do Diário Catarinense ameaçando os jornalistas a “cuidarem com o que escrevem”. Os profissionais reclamam que o comando da redação não prestou nenhum esclarecimento e pedem mais segurança. A direção da empresa minimizou o fato, afirmando tratar-se de um desequilibrado.
Segundo jornalistas que presenciaram a situação, por volta das 17 horas um homem entrou no prédio e, ao tentar passar pela Portaria e ser barrado por um segurança, levantou a camisa, mostrando uma pistola na cintura, e disse “vim avisar pra vocês cuidarem do que escrevem”. A polícia foi acionada, o indivíduo foi retirado do prédio e a direção da empresa registrou um boletim de ocorrência.
A informação vazou e profissionais de outros veículos buscaram esclarecer os fatos, pois segundo versões, tratava-se de alguém ligado ao tráfico de armas. “Quando o cara estava junto do segurança, falou em ‘comando’”, revelou uma fonte.
Questionado pelo Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, o Departamento Jurídico da empresa minimizou o fato. “Não teve nada de armas, nós vimos as imagens, tratou-se de alguém que entrou no prédio fumando, o que é proibido, reagiu e foi retirado”, disse a Coordenadora Jurídica na Grupo RBS no estado, Aglaê de Oliveira. Segundo ela, o indivíduo foi identificado. “É visto frequentemente na região e trata-se de um desequilibrado”, completou, sustentando que a informação passada ao SJSC “foi um exagero”.
Nesta terça-feira (18), a Portaria do prédio já contava com mais um segurança. Mas profissionais da redação consideram que isso é pouco, que não há qualquer exagero e que várias pessoas viram o indivíduo mostrando a arma. “Se é um desequilibrado, pior ainda, pois pode ser muito mais perigoso”, comentou um deles. “E nossa insegurança é grande, porque a catraca da Portaria está quebrada e porque qualquer um tem acesso livre à garagem do prédio”, completou.
O Sindicato dos Jornalistas continuará acompanhando o caso e cobra da direção da RBS o esclarecimento dos fatos e medidas mais efetivas para garantir a segurança dos jornalistas.