O senador e presidente do PSDB Aécio Neves entrou com uma ação contra o grupo que edita o site e o semanário Brasil de Fato, lançado em 2003, com o apoio e organização do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Segundo a Folha de S.Paulo, a defesa do político solicita reparação por danos morais ao alegar que a Editora “manipulou deliberadamente” informações para envolver o tucano em “atos criminosos”.
A ação foi aberta em outubro de 2015 e critica a reportagem publicada na capa da edição mineira do semanário, em julho. A manchete diz que “Aécio é investigado por desvio de R$ 14 bilhões”. O texto o classifica como “réu” e afirma que ele “volta a ter o nome envolvido em um dos maiores casos de desvio de verba do Brasil”.
A investigação mencionada na reportagem não se refere ao crime de corrupção, mas da ação civil movida pelo Ministério Público Federal de Minas contra o governo do Estado na qual a Procuradoria questiona a contabilidade de recursos destinados a outras áreas, como saneamento básico e investimento em saúde.
De acordo com o MP, R$ 14 bilhões teriam sido contabilizados indevidamente como aplicações em saúde nas gestões de Aécio Neves (2003-2010) e Antonio Anastasia (2010-2014). O órgão, então pediu o redirecionamento dos valores à área. A Justiça de MG negou a tese da Procuradoria e absolveu o governo.
À Folha, a editora do Brasil de Fato em Minas, Joana Tavares, afirmou que não sabia da existência da ação. “É uma novidade para mim. Não fomos citados”, explicou.
Fonte: Portal Imprensa