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Violência: 32 trabalhadores em comunicação foram mortos na América Latina em 2012

Mesmo sem uma guerra formal aberta na América Latina e no Caribe, nos sete primeiros meses de 2012 a Comissão de Investigação de Atentandos a Periodistas (CIAP), da Federación Latinoamericana de Periodistas (Felap), registrou 32 mortes violentas de jornalistas na região.

O México é o país que lidera a lista macabra, com 12 assassinatos. Segundo a Federação de Associações de Periodistas Mexicanos (Fapermex), de 2000 a 2012 foram mortos 108 jornalistas no país e outros 14 continuam desaparecidos.

Em segundo lugar na região aparece o Brasil, com sete casos registrados, um aumento significativo em relação a 2011, quando foram mortos três jornalistas. A CIAP também acusou oito casos de agressão a jornalistas no Brasil, seis casos de censura judicial, seis atentados e seis ameças de morte.

Em Honduras morreram seis profissionais da imprensa nos primeiros sete meses do ano. Desde o golpe de Estado, em junho de 2009 a março de 2012, foram assassinados 20 comunicadores no país, e nenhum desses casos foi esclarecido ainda pela polícia hondurenha. Em 23 meses do governo de Porfírio Lobo ocorreram 12,8 mil mortes violentas no país.

Bolívia e Colômbia registraram dois jornalistas assassinados em 2012; Argentina, Equador e Haiti têm na conta um jornalista morto no país no período.

Os profissionais de comunicação brasileiros assassinados são: Valério Luiz de Oliveira, 49 anos, locutor da Rádio Jornal, de Goiás, morto a tiros disparados por motociclista que o esperou na saída da emissora no dia 5 de julho; Décio Sá, 42 anos, repórter do diário O Estado do Maranhão e blogueiro que reportava casos da política, corrupção e crime organizado, morto em 23 de abril; Divino Aparecido Carvalho, 45 anos, repórter e diretor artístico da Rádio Cultura AM, de Foz do Iguaçu, Paraná morto em 26 de março; Onei de Moura, 42 anos, assassinado em 24 de março, em Santa Helena, a 100 Km de Foz do Iguaçu. Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, 51 anos, editor do Jornal da Praça e redator do site “Mercosul News” morto em 12 de fevereiro, em Ponta Porã, perto da fronteira com o Paraguai; Mário Randolfo Marques Lopes, 50 anos, redator do site “Vassouras da Net”, em Barra do Piraí, Rio de Janeiro, morto em 9 de fevereiro e Laércio de Souza, 40 anos, da Rádio Sucesso, Bahia, morto em 3 de janeiro.

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) pleiteia junto à ONU uma série de medidas de proteção aos Jornalistas e que efetivamente assegurem o exercício da liberdade de imprensa. Também neste sentido, a Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC) desenvolve uma campanha de denúncia de agressões e conscientização, sobb o lema “Para que chegue a mensagem é preciso proteger o mensageiro”.

No Brasil, entre as medidas defendidas pela FENAJ para proteger os jornalistas e combater a impunidade estão a aprovação do Projeto de Lei 1078/11, que federaliza a investigação de crimes contra jornalistas, a criação de um Observatório da Violência e reforço ao trabalho da Comissão da Verdade.

Com informações da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação

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