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Marcha dos Catarinenses exige mais investimentos em políticas públicas

A já tradicional Marcha dos Catarinenses mobilizou mais uma vez entidades dos movimentos social, sindical e popular de todo o Estado de Santa Catarina. O foco nesta quarta edição foram as denúncias e protestos contra os graves problemas que assolam a educação, a saúde e a segurança estadual.

Além de exigir a retomada de investimentos em políticas públicas e a valorização do trabalho e do trabalhador, a Marcha organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) com participação representativa da CUT, de suas entidades filiadas e de parlamentares, marcou a luta pela mudança do atual modelo de desenvolvimento neoliberal e privatista que pauta as ações do governo estadual.

Partindo da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a Marcha percorreu as ruas da capital catarinense, onde os manifestantes puderam dialogar e conscientizar a sociedade.

Um governo que recebe 7 bilhões de verbas federais, publiciza uma realidade ‘fantasiosa e mentirosa’ com a colaboração da imprensa burguesa e como contrapartida promove o sucateamento, a privatização, a terceirização e a precarização dos serviços públicos.

“A única forma de alterarmos esta conjuntura é se organizando e fazendo grandes manifestações nas ruas para, assim, arrancarmos nossas reivindicações. Não vamos admitir nenhuma retirada de direitos”, declarou Aldoir Kraemer, coordenador da CMS local e secretário de Políticas Sociais da CUT-SC.

A evidência do imobilismo do governador Raimundo Colombo (PSD) pode ser vista no caso recentemente da falta de segurança pública. Foram meses de terror com inúmeros ataques à população, em especial a classe trabalhadora e estudantil que utilizam o transporte coletivo.

Educação nota 0 – durante o trajeto, a Marcha dos Catarinenses passou pela Secretaria Estadual de Educação, onde representantes do sindicato dos professores (Sinte-SC) denunciaram o abandono da educação e relataram uma realidade alarmante: salas superlotadas, prédios em más condições e sem licenças legais, bibliotecas mau equipadas, gestão escolar marcada pelo assédio moral e abandono de políticas para a educação no campo.

Na base do fala uma coisa e faz outra, o governo Colombo desrespeitou o acordo celebrado junto aos professores durante a greve de 62 dias que se sucedeu em 2011. À época, o governador havia assumido o compromisso de honrar o reajuste do Piso Salarial Nacional conforme determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informações repassadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o pagamento do valor da remuneração instaurado pela Lei do Piso ainda não é respeitado por oito Estados brasileiros e outros 14 não cumprem integralmente. Santa Catarina esta incluído na lista destes 14.

“Queremos uma educação pública de qualidade para todos/as, com um projeto que priorize a permanência nas escolas. O que vemos hoje é o governo fechando escolas e construindo novas cadeias”, lamentou Anna Julia Rodrigues, secretária geral da CUT-SC.

Com as mobilizações desta quarta (8), os manifestantes conseguiram arrancar uma audiência com o Secretario Estadual de Educação que deverá ocorrer até a próxima quarta.

Privatização da Saúde – com as chamadas Organizações Sociais (OSs), o governo catarinense tem promovido uma verdadeira privatização da saúde, entregando um serviço de extrema importância para o povo nas mãos de empresários gananciosos cujo objetivo é apenas o lucro.

O governo se isenta de responsabilidades e, na prática, o que se vê são atendimentos de saúde apenas àqueles que possuem muito dinheiro para pagar.

Ao final da Marcha, os manifestantes promoveram um ato em frente a Câmara Municipal onde estava ocorrendo uma audiência para discutir a privatização do Hospital Florianópolis. “A implantação das OSs precariza os serviços, as condições de trabalho e colabora para a ampliação da terceirização. Nossa luta é por um SUS 100% público, gratuito, estatal e de qualidade”, atentou Neudi Giachini, presidente da CUT-SC. “Esta Marcha mostra que classe trabalhadora unida e mobilizada pode ser a grande indutora das transformações na sociedade“, acrescentou Vilmar Osovsky, secretário de Organização e Política Sindical da Central.

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