Em reunião informal com representantes do SJSC no dia 2 de junho, o presidente do Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas de SC, Ronaldo Roratto, sinalizou a possibilidade de avanço na proposta para a negociação coletiva 2015. A posição patronal, no entanto, foi de rejeição de todas das demais cláusulas destacadas para debate. Nova reunião de negociação ficou agendada para o dia 18 de junho.
Além de solicitar a reconsideração da contraproposta anterior, quando o sindicato patronal dispôs-se somente à reposição das perdas inflacionárias de maio/2014 a abril/2015 (8,34%), o Sindicato dos Jornalistas, conforme entendimentos anteriores, destacou para debate, entre as 64 cláusulas da pauta de reivindicações da categoria, as cláusulas 20ª – Vale alimentação; 31ª – Apoio a Jornalista processado; 33ª – Proteção contra dispensa imotivada; 35ª – Licença Maternidade; 52ª – Livre acesso, e ainda a busca de solução para a situação dos repórteres cinematográficos que estão contratados como operadores de câmera nas empresas cujos grupos participam deste processo negocial.
Em reunião com os diretores do SJSC Aderbal Filho e Leonel Camasão, no dia 2 de junho, o presidente do Sindicato patronal informou que a diretoria da entidade, em reunião na semana anterior, rejeitou todas as cláusulas destacadas pelo SJSC, sob o argumento do aumento de custos. Roratto chegou a comentar que, na maioria dos casos, a assessoria jurídica das empresas atua na defesa do veículo e do profissional processado, mas que os representantes patronais preferiam “não colocar isso no papel”. Fez consideração, também, à proposta de regularizar os casos dos repórteres cinematográficos que são enquadrados incorretamente como operadores de câmera: “isso é estranho à negociação com os jornais e revistas”, disse.
Os representantes dos jornalistas contra-argumentaram que há vários anos as empresas se negam a avançar para além das 39 cláusulas constantes da Convenção Coletiva. E diante da resistência patronal, dispuseram-se a buscar redações alternativas para as cláusulas destacadas, visando retomar o debate na próxima rodada de negociação.
Já quanto à proposta econômica, o presidente do sindicato patronal admitiu a possibilidade de, além da reposição da inflação – que elevaria o piso para R$ 2.058,46 -, assegurar aumento real no piso dos jornalistas, mas parcelado. A proposta ventilada, no entanto, guarda grande distância com os R$ 2.300,00 reivindicados pelos jornalistas. As duas partes ficaram de reavaliar as propostas e o presidente do sindicato patronal solicitou que na próxima reunião, no dia 18 de junho, se venha com a disposição de fechar um acordo.