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Crise no transporte em Blumenau gera cobertura colaborativa

Professores da Furb, em Blumenau, estão liderando uma experiência de cobertura colaborativa sobre a crise no transporte coletivo da cidade. O jornalista Edgar Gonçalves Júnior e os  professores Clóvis Reis, do curso de Publicidade, e Evandro de Assis, do curso de Jornalismo, são os responsáveis pelo Coletivo Blumenau.

Na segunda-feira, (01/02), o grupo monitorou o primeiro dia de atuação da Viação Piracicabana, a nova empresa de transporte coletivo de Blumenau. Criado na noite de quinta-feira, 28 de janeiro, o coletivo conseguiu reunir, até as 20 horas de segunda-feira, 251 participantes que publicaram mais de 100 fotos e vídeos das condições e da lotação dos ônibus e terminais, matéria-prima sobre a qual são produzidos os relatos jornalísticos. A Piracicabana foi contratada por 180 dias após o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) rescindir o contrato com o Consórcio Siga, que operava o sistema desde 2007.

A principal constatação do primeiro dia de cobertura foi de que parte da frota da Piracicabana apresentou problemas de manutenção, entre os quais portas que não fechavam, catracas e elevadores para deficientes emperrados e velocímetros travados. Segundo os usuários, pelo menos quatro ônibus enguiçaram ao longo do primeiro dia. Todos os flagrantes foram registrados com fotos pelos integrantes do Coletivo Blumenau. Dos 240 ônibus contratados, 80 circularam na segunda-feira.

Quem faz o Coletivo Blumenau

A mediação das informações publicadas nesta primeira experiência do Coletivo Blumenau foi feita pelos jornalistas Evandro de Assis,  que foi editor-chefe do Jornal de Santa Catarina, Clóvis Reis,  e Edgar Gonçalves Jr, ex-editor-chefe do Diário Catarinense. 

A proposta do grupo é potencializar o jornalismo local com base nas mídias digitais e no engajamento da população. “ Há tempos a comunicação evoluiu da relação de um a um e de um a muitos para o modelo de muitos a muitos, um processo com muitos emissores, muitos receptores e uma quantidade muito maior de intercâmbios e de cooperação”, disse Assis.

Na avaliação dos mediadores, os leitores não se contentam mais em simplesmente receber informações, mas buscam a interação com a produção da informação, desafiando os padrões tradicionais da comunicação e do jornalismo. O resultado da produção colaborativa é a qualificação da opinião pública e do próprio jornalismo. “Se o jornalismo melhora à medida que o número de fontes de informação cresce, temos que usar a internet, os smartphones e as redes sociais para aproximar os jornalistas e cidadãos. Todo mundo tem a ganhar”, disse Reis.

O Coletivo Blumenau funciona em um grupo no Facebook. O resultado do trabalho é publicado na página www.facebook.com/coletivoblumenau

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Com informações do site da Furb

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