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Apesar de lucro, veículos seguem com demissão de jornalistas

O Instituto Verificador de Circulação (IVC) anunciou crescimento médio de 4,2% na circulação de jornais impressos no Brasil durante o primeiro semestre de 2011 em comparação ao mesmo período do ano passado ( mais aqui ). De acordo com os dados, a média diária de circulação nos primeiros seis meses deste ano é de 4.435.581 exemplares, novo recorde histórico para a auditoria. Porém, ao mesmo tempo, apesar destas vendas e dos consequentes lucros, há sucateamento das redações e demissão de profissionais.

“É um paradoxo com o qual os empresários não têm o menor constrangimento: eles anunciam seus ganhos, suas conquistas, e não têm a menor vergonha de expor ao lado disso as condições degradantes que impõem aos seus trabalhadores”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Celso Schröder. Um exemplo recente é do Estado de S. Paulo, que mesmo com crescimento nos lucros já demitiu 40 jornalistas este ano .

A avaliação do IVC constata que já em 2010 os veículos de comunicação impressa recuperaram-se da crise econômica mundial. De 2001 a 2009, de acordo com dados do Projeto Inter-meios, o investimento publicitário nos jornais chegou a quase dobrar. “É fato que estes empresários não querem a distribuição de lucros com os funcionários”, expõe a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), Suzana Blass.

Nesta semana, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) anunciou seu “momento positivo” e durante seminário os donos de jornais sinalizaram para o início da cobrança pelo conteúdo online. “Os projetos são cada vez mais para que os jornalistas produzam conteúdo para diferentes mídias, mas o salário continua o mesmo”, completa a presidente do SJPMRJ. “É lucro em cima da precariedade das condições de trabalho dos jornalistas.”

Fonte: Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro
Imagem publicada no site do Sindjorce, em julho de 2011.

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