A reforma ministerial no Palácio do Planalto poderá retirar o status de ministério da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). De acordo com a coluna “Expresso”, da revista Época, o problema é que o titular da Pasta, Edinho Silva, é investigado na Operação Lava Jato da Polícia Federal e ficaria sem o foro privilegiado caso a Secom perdesse o status. Com o impasse, uma das alternativas avaliadas por Dilma é tirar o status de ministério da Controladoria Geral da União (CGU) e distribuir suas atribuições a outros ministérios.
Ex-tesoureiro da campanha de Dilma no ano passado, o jornalista Edinho Silva foi citado pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, em depoimento de sua delação premiada na Operação Lava Jato. Segundo ele, Edinho teria cobrado doações do empreiteiro para que seguisse à frente de obras contratadas pelo governo. Edinho negou as acusações.
Caso permaneça no cargo, a investigação de Edinho continuaria sendo tratada no Supremo Tribunal Federal (STF). Sem o status, o caso poderia ser remetido para um juiz de primeira instância, inclusive, a Sérgio Moro, no Paraná.
Na última quarta-feira (30/9), o vice-presidente da República Michel Temer disse, sem explicar os motivos, que o anúncio da reforma ministerial do governo, previsto para esta quinta (1/10), pode ser adiado para sexta (2/10).