0,00 BRL

Nenhum produto no carrinho.

Violência da PM contra suspeito e jornalista agride os direitos humanos, a liberdade de imprensa e a democracia

liberdade-de-imprensaO Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina protesta contra o abuso de autoridade, tentativa de intimidação e cerceamento à liberdade de imprensa praticados por policiais militares contra jornalista Ângela Bastos, do Diário Catarinense, no domingo (13/12),  no Terminal de Integração do Centro (Ticen) de Florianópolis. A profissional teve seu celular apreendido e as fotos onde registrou cenas de agressão policial contra um suspeito deletadas. O SJSC solidariza-se com a jornalista e cobra das autoridades estaduais a apuração do caso e punição dos responsáveis pelas agressões.

Ângela retornava do trabalho na noite do último domingo, quando testemunhou policiais militares prendendo um rapaz no TICEN. Segundo a repórter, o homem foi cercado por três viaturas e membros da cavalaria da PM. Ela registrou dois policiais pisando na cabeça do suspeito, e um terceiro militar desferindo tapas no rosto do rapaz. A jornalista começou a fotografar o fato, mas seu celular foi apreendido por um policial sem identificação. A PM tentou levá-la para a delegacia como “testemunha”, e ela se negou. Após o acionamento do departamento jurídico do DC, Ângela recuperou seu celular, mas as fotos foram deletadas.

Na tarde de segunda-feira (14/12), a jornalista registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia da Polícia Civil. “De forma agressiva, ele quis arrancar o celular da minha mão. Tentei resistir ao máximo, mas a força dele foi maior e tive que ceder. Tão logo isso aconteceu, me identifiquei com o crachá funcional da empresa, dizendo que eu era jornalista, que estava retornando do plantão, e que fotografava por ser dever da minha profissão”, relatou Ângela ao DC.

O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina cobra da Secretaria de Segurança Pública providências urgentes para apuração de responsabilidades, pois mesmo o argumento de resistência à prisão ou desacato à autoridade não podem justificar a violência empregada contra o suspeito, muito menos a tentativa de intimidação à jornalista Ângela Bastos, apreensão do seu celular e destruição das fotos que comprovavam a arbitrariedade.

As agressões praticadas contra o suspeito  e contra a jornalista, além de configurarem abuso de autoridade e violência física e moral, são claros e tristes episódios de desrespeito aos direitos humanos, de ameaças a democracia e à liberdade de imprensa.

Florianópolis, 15 de dezembro de 2015.

Diretoria do SJSC

Matérias semelhantes

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais lidas