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Deputados pedem que MPF investigue relação entre Rede Globo e FHC

Os deputados petistas Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (RJ) protocolaram nesta quarta-feira (2) no Ministério Público Federal (MPF) um pedido para que sejam abertas 14 investigações sobre as conexões entre a Rede Globo, a FIFA, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e offshores do Panamá.

Segundo os parlamentares, “há fortes indícios da prática de crimes como organização criminosa, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, sonegação fiscal, além de outras ações criminosas contra a administração pública, contra o sistema financeiro nacional e contra a ordem tributária”.

Na representação encaminhada ao MPF, os deputados pedem para que sejam investigadas “a existência de eventuais bens da família Marinho em situação ilícita de ocultação patrimonial; as atividades das offshores vinculadas ao grupo Globo; e as relações entre a Globo, suas respectivas empresas e offshores e a FIFA”.

Os parlamentares cobram esclarecimentos também quanto ao uso de uma empresa, a Brasif, para enviar dinheiro ao exterior. De acordo com a jornalista Miriam Dutra, com quem FHC teve um caso extraconjugal, US$ 3 mil eram enviados mensalmente a ela para custear despesas com o filho Tomás, com quem o ex-presidente tem relação paternal. A jornalista afirma que mantinha um contrato fictício com a Brasif para receber o dinheiro.

FHC nega

FHC nega as denúncias e afirma que “nunca utilizou qualquer empresa, exceto bancos, para a remessa de recursos a pessoas no exterior”. O ex-presidente acusou os petistas de estarem fazendo “uso político de uma questão pessoal”.

Em nota divulgada em 19 de fevereiro, a Brasif confirmou que tinha um contrato com a jornalista em 2002, mas negou a participação do ex-presidente na contratação ou no financiamento do salário de Mirian. “A Eurotrade Ltd., plataforma logística internacional das operações da Brasif Duty Free Shop Ltda., contratou, em dezembro de 2002, a jornalista Miriam Dutra para realizar pesquisas sobre os preços em lojas e free shops na Europa. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não teve qualquer participação nessa contratação, tampouco fez qualquer depósito na Eurotrade ou em outra empresa da Brasif”, diz a nota.

A nota da Brasif adverte ainda que a contratação de Mirian foi uma indicação do jornalista Fernando Lemos, cunhado de Mirian ao diretor da empresa, Jonas Barcelos Corrêa. Segundo a empresa, a Brasil Duty Free Shop e a Eurotrade Ltd foram vendidas em 2006.

Jurídico

De acordo com especialistas, Fernando Henrique não pode ser condenado por ter enviado dinheiro ao exterior através de empresas particulares. Entre eles há o consenso de que se trata de uma prática imoral, mas não ilegal. Por outro lado, caso ainda mantivesse algum cargo público, o ex-presidente poderia vir a ser processado por tráfico de influência.

Fonte: Congresso em Foco

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