A CPI da Previdência Social concluiu que o sistema de seguridade brasileiro é superavitário. É o que afirmou o presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), numa reunião no último dia 13. Ele voltou a reforçar que é necessário que o Governo repasse à Previdência os milhões de reais arrecadados à custa do trabalhador brasileiro. Ele também reafirma a inexistência do déficit na Seguridade Social. Até o momento, a CPI realizou 22 audiências desde que foi instalada no Senado.
“O relatório sobre os trabalhos da CPI aponta, com muita certeza, que a Previdência brasileira não é deficitária. Ela demonstra que setores do patronato arrecadam por ano cerca de R$ 25 bi em torno do trabalhador e não repassam à Previdência. É apropriação indébita. Isso é crime”, afirmou Paim.
O senador voltou a cobrar de grandes bancos e empresas as dívidas e relação à Previdência. “O relatório também mostra que há uma dívida acumulada de grandes bancos e empresas, como Itaú, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil, montadoras de automóveis, e a JBS, que ultrapassa mais de R$ 500 bilhões de reais”, afirmou Paim.
Combate à sonegação
O relator da CPI, Senador Hélio José (PMDB-DF), afirmou que pedirá a prorrogação dos trabalhos da Comissão devido ao extenso volume de dados a analisar. A CPI foi instalada no final de abril e tem prazo de funcionamento previsto para até 9 de setembro.
Segundo Hélio, o resultado esperado é propor medidas para mudar a Previdência Social, como uma forma de combate mais efetivo à inadimplência. “Não é possível convivermos com os grandes devedores que não estão pagando a Previdência”, pontuou o senador.
A próxima reunião da CPI da Previdência ocorrerá na primeira semana de agosto, ainda sem data definida.
Com informações do Sindilegis.