A busca de um acordo entre o SJSC e o sindicato patronal foi frustrada em reunião realizada na manhã de quarta-feira (27/07). O Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas (Sindejor/SC) manteve a proposta de reajustar o piso pelo INPC (3,99%), sem compensação pelo parcelamento do reajuste ocorrido na negociação 2016/2017. Diante de uma proposta alternativa dos jornalistas, os representantes patronais vão debate-la em assembleia do setor.
Os representantes dos empresários, além de não deixarem clara qual sua proposta para reajuste dos salários superiores ao piso, insistiram em manter proposta que retira direitos em cláusulas sindicais já consagradas em convenções coletivas de trabalho anteriores e mantiveram a proposta de reajustar o piso da categoria em 3,99%, ou seja, R$ 2.402,16.
Dispostos a buscar um entendimento, os representantes dos jornalistas formularam, ao final da reunião, uma proposta alternativa para as cláusulas sindicais e, na proposta econômica, propuseram um piso de R$ 2.420,00 e reajuste de todos os salários pelo INPC.
O clima ficou tenso ao final dos debates porque, além de ficar clara a indisposição patronal em assimilar uma diferença de R$ 18 entre as duas propostas postas na mesa, ficou evidente, também a vontade patronal de impor a retirada de direitos sindicais dos jornalistas. Nas palavras de um dos representantes patronais, “vocês não querem aceitar que estamos vivendo uma nova realidade no país”.
Sem consenso
“A Reforma Trabalhista está promovendo uma onda de ataques aos trabalhadores e às organizações sindicais. A proposta patronal já está alinhada a esse desmonte. Ela visa retirar dos empregados qualquer capacidade de reagir contra a precarização”, afirmou o presidente do SJSC, Aderbal Filho.
Sem chegar a um consenso, os representantes dos empregadores afirmaram que vão realizar uma assembleia patronal para avaliar a contraproposta dos jornalistas. Não foi definida nova data para negociação.