Nos dias 6 e 7 de novembro a FENAJ realizou em São Paulo, em parceria com a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), a Federação dos Jornalistas da América Latina e Caribe (FEPALC) e com o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, o 2º Seminário Sindical de Negociação Salarial. Voltado à formação e capacitação dos dirigentes da categoria, o evento contribuiu para a elaboração de estratégias, unificação das pautas para as negociações coletivas e fortalecimento do movimento sindical dos jornalistas.
O evento contou com 60 participantes, entre dirigentes da FENAJ, representantes de 24 Sindicatos de Jornalistas e do Escritório Regional da FIJ para a América Latina. No primeiro dia os debates contaram com as contribuições do economistaMárcio Pochmann, que fez uma análise da conjuntura econômica e política do país, e do desembargador Davi Furtado Meireles, que abordou os aspectos jurídicos da negociação coletiva.
Já no segundo dia, Camila Ikuta, representante do Dieese, traçou um quadro geral das negociações coletivas nacionalmente e as perspectivas de negociação para o 2º semestre de 2015. Depois Carlos de Souza, secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), apresentou um relato histórico dos 30 anos de lutas dos bancários para conquistarem um processo unificado de negociação coletiva nacional.
A parte final do evento foi dedicada a relatos dos dirigentes dos Sindicatos de Jornalistas sobre as negociações, os principais problemas enfrentados e quais as principais conquistas nos estados. A partir das contribuições, uma Comissão Nacional foi constituída para, sob a coordenação da Comissão de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da FENAJ, elaborar uma pauta-padrão para as negociações coletivas dos jornalistas brasileiros.
Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, o evento superou todas as expectativas. “Os representantes dos sindicatos da categoria foram unanimes na avaliação da profundidade dos debates, e na importância desta atividade patrocinada pela FIJ”, disse, destacando que a atividade contribuiu para uma maior preparação do movimento sindical da categoria no enfrentamento de um cenário de precarização das relações trabalhistas e de grandes mudanças no mercado de trabalho dos jornalistas.