Para contribuir na elaboração do Relatório Anual da Violência contra os Jornalistas de 2011, organizado pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina está fazendo o levantamento dos casos registrados no estado durante do ano passado.
De acordo com o presidente da Fenaj, Celso Schröder, além dos casos de violência explícita e de cerceamento à liberdade de expressão por meio da Justiça ou de ação governamental, é importantíssimo registrar os casos de violência simbólica (ameaças veladas etc.) e também os casos de censura interna dos veículos de comunicação, que vão da orientação editorial ao impedimento de realização do trabalho independente do jornalista.
“Os meios de comunicação tradicionais tentam apropriar-se dos conceitos de liberdade de expressão e de imprensa e colocarem-se como seus guardiães”, observa Schröder. “Nossa tarefa, portanto, mostra-se cada dia mais grandiosa e mais difícil: temos de esclarecer à sociedade que somos os verdadeiros defensores da liberdade de expressão, como direito individual de cada cidadão, e da liberdade de imprensa, como direito coletivo que tem por finalidade garantir o direito dos cidadãos de se expressarem livremente”.
No entendimento da entidade, um dos instrumentos de que os jornalistas dispõem nessa disputa é o Relatório da Violência, elaborado com a colaboração de todos os sindicatos de jornalistas do país.
Para tanto, o SJSC solicita aos jornalistas de todo o estado que enviem, até o dia 29 de fevereiro, informações sobre os casos de violência e de desrespeito aos princípios da liberdade de expressão, que tenham ocorrido na jurisdição do sindicato. Os relatos podem ser enviados por email diretoria@sjsc.org.br ou por telefone (48 – 3228-2500).
“Precisamos contar com o empenho de todos para que tenhamos um relatório expressivo e elucidador da situação da liberdade de expressão e de imprensa no Brasil”, conclui a diretora da Fenaj, Sheila Cristina Faro Reis, coordenadora do Relatório.