Nesta segunda-feira, dia 22, às 14 horas, Rubens Lunge, presidente do Sindicato dos Jornalistas-SC (SJSC) e Prudente de Mello, assessor jurídico da entidade, vão comparecer ao Tribunal Regional do Trabalho da 12ª região, na capital, para acompanhar o julgamento da ação de dissídio coletivo movida, em janeiro deste ano, contra o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão-SC (Sert).
Na ação, o SJSC pede a extensão das vantagens estabelecidas no Acordo Coletivo de Trabalho firmado com o grupo RBS para os jornalistas que trabalham na empresas representadas pelo Sert. Na ação, também é pedido que a negociação valha desde 1º de maio de 2010 até 30 de abril de 2012, ou seja, mesma data válida para a Convenção Coletiva e Acordo Coletivo assinados pelo SJSC no ano passado.
O SJSC entrou com o dissídio depois de várias tentativas de acordo com o Sindicato patronal que se retirou das negociações alegando que não há jornalistas contratados nas empresas.
O Sert não compareceu à audiência de conciliação em fevereiro deste ano e, no mesmo dia, contestou a ação. Ele se nega a cumprir a convenção coletiva dos jornalistas e recomenda às empresas que não aceitem acordos coletivos. Mas, enquanto afirma que suas representadas não contratam jornalistas, as mesmas afirmam que produzem jornalismo com qualidade.
“Como pode uma empresa dizer que produz e vende pão sem a existência de um padeiro?, questiona Rubens Lunge. O que se vê é fraude nos contratos de trabalho. As suas filiadas contratam jornalistas com um tipo de função para executarem outra, de maior responsabilidade, por salários bem abaixo do piso e jornadas bem maiores previstas em lei. Pois é assim que empresários garantem seus lucros.
O Sindicato dos Jornalistas está atento a essas situações e continua na defesa constante por melhores condições de trabalho e maiores salários para a categoria.