Aos 56 anos neste 13 de maio, o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina busca incessantemente cumprir o seu importante papel. Entidade de base estadual, e independente do tipo de empresa em que se encontram os jornalistas, age em defesa da regulamentação profissional, da qualificação pela formação superior em jornalismo, do respeito às leis, do cumprimento dos acordos e convenções, e, sempre incansável, busca melhores condições de trabalho e renda.
Se colocarmos no seu tempo histórico cada movimento das lideranças, e da categoria, que atuaram e atuam no Sindicato, os jornalistas de Santa Catarina tem muito a comemorar, assim como tem muito para refletir, debater e, especialmente, iluminar o caminho que já foi e o que virá.
Ao olharmos para o passado mais próximo e o presente, sem desconsiderar as ações desenvolvidas desde a fundação do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, verificamos ações positivas e propositivas para os jornalistas em todos os segmentos de atuação da categoria.
Destacam-se, com ênfase no recente histórico, duas conquistas importantes. A de grande impacto para a sociedade foi a derrubada do veto do governador ao Projeto de Lei apresentado pelo deputado estadual Kennedy Nunes, que exige a formação superior em jornalismo para o ingresso no serviço público estadual. A outra é uma conquista de 7,2% de ganho real no piso salarial da categoria a partir de 2007 até este ano de 2011.
Se em algum tempo principalmente os jornalistas das empresas que atuam com meios de comunicação tiveram que lutar bravamente para não perder sequer a reposição da inflação – e em alguns anos isso efetivamente ocorreu -, agora podemos dizer que a categoria, pouco a pouco, vem recompondo seu poder aquisitivo. É preciso considerar que o piso estadual ainda é baixo. A condução e a luta da categoria, nos próximos períodos, é que irão determinar os avanços nas questões específicas de salário.
A atual Direção do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina tem sido protagonista por inteiro na história da categoria em Santa Catarina, não apenas nas lutas por melhores salários ou na defesa da formação para o exercício da atividade, essencial para a sociedade moderna. Também provocou e apoiou debates sobre diversos temas, e entre eles, o jornalismo em Cuba e Honduras, e o fazer diário dos repórteres-fotográficos e assessores de imprensa no serviço público, e chamou a sociedade para falar e se opor ao oligopólio da comunicação.
Aos 56 anos e revigorado, o Sindicato dos Jornalistas sempre terá uma tarefa inconclusa, pois é da sua natureza lidar com situações de conflito e de limites, nas quais se envolvem pessoas e as suas mais diferentes compreensões, posições e pensamentos. Se além das conquistas há lutas importantes a serem levadas em conta, é preciso destacar a defesa da emenda constitucional que repõe a formação dos jornalistas no seu devido e histórico lugar, e é preciso considerar que, dinâmica, a sociedade aponta limites ao jornalismo e aos jornalistas, e que é a esta sociedade, antes de qualquer outro compromisso, que os jornalistas devem responder.
Aos 56 anos do Sindicato dos Jornalistas, é preciso reafirmar o compromisso sobre a importância do papel social do jornalismo e dos jornalistas e, por conseguinte, do Sindicato, que representa, abriga, resguarda e defende os valores para o exercício profissional.
Autor:Por Rubens Lunge – Presidente do SJSC