Nota de apoio do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina aos trabalhadores grevistas, por qualidade no serviço público em SC
Desde o dia 9 de maio, os servidores públicos de Joinville, estão em greve. A Prefeitura nega pagar a proposta de aumento salarial de 5% de ganho real + INPC apresentada, ainda em março, pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Sinsej). E propõe pagar 8% fixo de aumento apenas em janeiro de 2012. É o segundo ano seguido que a categoria faz greve. Na atual pauta de reivindicações está o cumprimento, por parte do governo municipal, de acordos pendentes da greve do ano passado.
Nesta quarta-feira, 18 de maio, tanto o Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Santa Catarina (Sinte-SC) quanto o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) iniciaram, respectivamente, greve e paralisação com indicativo de greve por tempo indeterminado. Um ponto comum na pauta dos magistérios estadual e municipal é a implantação do Piso Nacional dos professores como salário-base. O Sintrasem também apresenta cláusula para a atualização do plano de cargos e salários do quadro civil (secretarias municipais) e magistério.
Assim como na área da educação, os servidores estaduais na área da saúde em Joinville vão paralisar atividades no Hospital Regional e Maternidade Darcy Vargas, quinta-feira, dia 19. Além da resposta do governo estadual à campanha salarial da categoria que tem como data-base o mês de janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde Privado e Público Estadual (Sindisaúde/SC) pede solução para o descaso com a saúde pública.
Ainda é provável, também, nesta semana, a paralisação dos trabalhadores nas empresas no transporte urbano da capital. Eles pedem 5% de aumento real + INPC, enquanto os empresários admitem um aumento fixo de 8%.
Esse movimento grevista e de paralisações nasce num mês considerado importante na história das lutas dos trabalhadores – a começar pelo primeiro de maio, Dia do Trabalhador – e mostra o descaso dos governos não só com a valorização dos servidores, mas também com a qualidade do serviço público prestado à população. Assim como mostra a falta de critérios da Prefeitura da capital para com as empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo, que se beneficiam de mão de obra barata para prestar serviço básico com alto custo à população.
O Sindicato dos Jornalistas declara apoio às lutas dessas categorias, pois entende que elas são fundamentais para a melhoria da qualidade da educação, saúde e da construção de um país socialmente justo. Só a mobilização dos trabalhadores é capaz de fazer vitoriosa essa batalha que deve ser travada por toda a sociedade.