O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e a Federação Nacional dos Jornalistas manifestam seu veemente repúdio a mais um episódio de agressividade e violência contra um profissional de imprensa. Na noite de terça-feira (29/05), o repórter cinematográfico Anderson Toledo, da RIC Record de Florianópolis, foi covardemente agredido em Biguaçu (SC), quando cobria o conflito entre caminhoneiros e a Polícia Militar no desbloqueio de uma distribuidora de combustíveis.
Na ocasião, ao cumprir determinação judicial, a Polícia Militar utilizou-se de cavalaria e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes grevistas que tentaram impedir a circulação de caminhões com combustíveis na subsidiária da Petrobras em Biguaçu.
Após o registro do conflito, quando se deslocava para seu veículo, a equipe de reportagem da RIC Record foi cercada por manifestantes que questionaram se a agressão policial foi gravada. Antes mesmo da conclusão da resposta, outro manifestante atingiu Anderson Toledo pelas constas, com um soco na cabeça, provocando a batida do rosto do profissional contra a câmera. “Quando olhei para trás, já me deram chutes, mais socos e fui salvo pela Polícia Militar”, conta o repórter cinematográfico.
Tal agressão constituiu-se em ato covarde de impedimento a um profissional no exercício de suas funções e à liberdade de imprensa. Mais que isso, expôs o perigo ao qual a sociedade está submetida com o crescente ambiente de retrocesso democrático que vivemos no país.
O SJSC e a FENAJ solidarizam-se com o colega Anderson Toledo, colocam sua assessoria jurídica à sua disposição para o que se fizer necessário e cobram das autoridades de segurança de Santa Catarina, a identificação e responsabilização dos autores de mais esta agressão.
Florianópolis, 31 de maio de 2018
Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina
Federação Nacional dos Jornalistas