O movimento pretende promover mobilizações populares e pela internet na próxima semana quando começa a votação da reforma política
Edjalma Borges
As vésperas da votação da proposta de reforma política, em comissão especial da Câmara, o grupo de coalizão por uma reforma democrática, formado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem Nacional dos Advogados (OAB) e outras cerca de 100 entidades, entregaram, hoje, 650 mil assinaturas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, propondo entre outros pontos, o fim do financiamento de campanhas por empresas.
O movimento terá de conseguir 1,5 milhão de assinaturas para que a proposta, chamada de coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, tramite na Câmara como iniciativa popular.
A ação com os representantes da CNBB e demais entidades foi acompanhada por parlamentares de diversos partidos que se juntaram à causa defendida pelo movimento.
O representante da CNBB dom Joaquim Giovanni Mol, declarou que a manutenção das doações por empresas é uma porta de entrada para a corrupção.
– Naturalmente, candidatos eleitos patrocinados por empresas defenderão depois os interesses delas – afirmou dom Mol.
O relatório da reforma política, a ser votado na próxima segunda-feira, propõe a manutenção das doações em épocas de campanhas, contrário a coalizão que sugere que as candidaturas sejam mantidas pelo fundo partidário, como forma de igualdade nas campanhas e a doação por pessoas físicas que não deve ultrapassar os R$ 700 por CPF.
O movimento pretende promover mobilizações populares e pela internet na próxima semana quando começa a votação da reforma política.
Fonte: O Globo