Diante das mais recentes agressões a jornalistas – ocorridas durante as manifestações contra o leilão da área Libra do Pré-Sal, no Rio de Janeiro, e durante a cobertura da ação de ativistas no Laboratório do Instituto Royal, em São Roque (SP) – a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vem novamente repudiar a prática de atos violentos contra jornalistas, seja a violência praticada por agentes do Estado (policiais) seja a violência praticada por manifestantes.
Desde o mês de junho, a FENAJ está recorrentemente vindo a público manifestar sua preocupação com a crescente onda de violência contra jornalistas, nascida no bojo das manifestações populares que estão ocorrendo em todo o país. A Federação Nacional dos Jornalistas tem reafirmado que esta violência contra profissionais da informação é um desrespeito às liberdades de imprensa e de expressão, visto que o Jornalismo e o trabalho dos jornalistas são imprescindíveis para que a sociedade exerça seu direito à informação e assim possa exercer todos os demais direitos da cidadania.
Reafirmamos que as agressões aos jornalistas revelam um grau elevado de desconhecimento do trabalho dos jornalistas e da importância do Jornalismo para o aperfeiçoamento da democracia brasileira. Revelam, ainda, a permanência de resquícios do autoritarismo do Estado (no caso da violência policial) e de uma inaceitável intolerância, por parte de alguns setores da sociedade, frente à diversidade e ao contraditório, o que, em última análise, expressa a defesa de interesses privados, e até mesmo individuais, em desfavor dos interesses públicos.
A FENAJ solicita das autoridades brasileiras, em nível nacional e estaduais, medidas urgentes de proteção aos jornalistas, com orientação expressa aos policiais, para que cumpram seu papel de garantir a ordem pública, sem violência, e que ajam no sentido de proteger os jornalistas no seu exercício profissional.
Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas.
Brasília, 21 de outubro de 2013.