A Comissão da Verdade dos jornalistas catarinenses encerrou seus trabalhos na semana passada, com o encaminhamento de seu relatório final à Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas. O documento faz referências a 14 profissionais que foram atingidos por atos da ditadura militar. Os dados, coletados desde 2013, foram obtidos através de relatos de alguns dos atingidos e informações constantes nos relatório das Atividades da Comissão Especial de Indenização aos Ex-presos Políticos do Estado de Santa Catarina e do Acordo de Cooperação Recíproca do SJSC com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Instalada em audiência pública na ALESC no final de 2012, a CVJ/SC trabalhou na finalização de seu relatório após receber, no dia 28 de outubro de 2014, em solenidade da 88ª Caravana da Anistia, durante o 1º Congresso Internacional de Direitos Humanos, em Florianópolis, o relatório do processo de investigações sobre os jornalistas catarinenses atingidos por ações da ditadura militar elaborado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Segundo o relatório da comissão catarinense as informações obtidas neste processo de investigações “compõem um quadro parcial de um período histórico que deve ser repudiado por todos os defensores das liberdades democráticas e dos direitos humanos”. O documento destaca que “Tal período não deve ser esquecido, para que nunca mais se repita, como também para que a impunidade dos agentes da repressão não seja admitida, sob pena de se premiar os autores de crimes de lesa-humanidade”.
O relatório tráz informações sobre Ruy Osvaldo Aguiar Pfützenreuter, Paulo Ramos Derengovski, Lauro Pimentel, Sérgio da Costa Ramos, Nery Clito Vieira, Osmar Schlindwein, Marcílio Krieger, Sérgio Bonson, Salim Miguel, Francisco Pereira, Sílvio Rangel de Figueiredo, Nelson Rolim de Moura, Sérgio Rubim e Jurandir de Camargo.