O Sindicato dos Jornalistas foi para as ruas de Florianópolis para dialogar com a população sobre a decisão do STF em derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão. Um megafone, panfletos, e disposição para conversar numa cidade enlouquecida pela venda de vuvuzelas e aparelhos de televisão.
Disputando a rua com os mais variados vendedores os jornalistas lograram distribuir o documento e realizar algumas conversas. A participação da categoria, como sempre, foi pequena. Os estudantes, ligados a Enecos, também vieram em número muito reduzido. A preocupação com a retomada da exigência do diploma geralmente se expressa nos corredores das universidades, mas não aparece quando a proposta é realizar uma luta real.
Nas escolas de jornalismo, o debate sobre o tema também é pífio e poucos são os professores que incluem nos seus conteúdos a discussão deste tema. Na maior universidade da capital, a UFSC, a argumentação era de que os estudantes estavam em período de férias. E assim, caminha a difícil batalha pela retomada do diploma, no mais das vezes, travada unicamente pelos dirigentes sindicais e alguns estudantes que conseguem atuar dentro de uma reflexão crítica da realidade.
De qualquer sorte, o recado foi dado. Entre os passantes que deram atenção ao ato e pararam para conversar, a posição foi a de que não é possível se compreender uma profissão como a do jornalista sem uma formação condizente e de qualidade. Todos fizeram críticas à mídia, mas entendem que sem a formação a coisa pode ficar pior.
