Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e colunista da Folha de S. Paulo, Guilherme Boulos foi preso pela Polícia Militar de São Paulo na manhã desta terça-feira, 17. Ele acompanhava uma ação de reintegração de posse de um terreno na capital paulista. Boulos foi detido sob a alegação de descumprimento de ordem judicial e incitação ao crime. O ativista foi levado para o 49º Distrito Policial de São Paulo.
Em nota oficial, o MTST afirmou que a prisão foi “um verdadeiro absurdo, uma vez que Guilherme Boulos esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito”. De acordo com a Agência Brasil, houve conflito na desocupação entre moradores e a Tropa de Choque da Polícia Militar. O terreno era ocupado por cerca de 700 famílias.
Liberação
Guilherme Boulos só foi liberado no início da noite. Durante as 10 horas em que ficou detido, o militante recebeu mensagens de apoios de artistas, entre eles, do rapper Emicida. Políticos também manifestaram apoio, como do vereador Eduardo Suplicy (PT-SP), deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e a ex-presidente Dilma Rousseff. “Prender Guilherme Boulos, quando defendia um desfecho favorável às famílias da Vila Colonial em São Paulo, evidencia um forte retrocesso”, escreveu a petista em uma rede social.