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Ex-executivo da RBS é citado pela PF na Operação Zelotes, segundo a Folha

thumbO jornal Folha de S. Paulo publicou notícia neste dia 15/09 informando que o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) foi citado pela Polícia Federal na Operação Zelotes, que investiga o esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. De acordo com a Folha, o nome do parlamentar surgiu no inquérito aberto para apurar as suspeitas de participação do Grupo RBS, suspeita de sonegar cerca de R$ 150 milhões em impostos. Motta foi vice-presidente jurídico e institucional da empresa de comunicação gaúcha até 2009, antes de se eleger à cadeira na Câmara.

Segundo o jornal Correio do Povo, de Porto Alegre,  Motta confirmou ter atuado em defesa da RBS ao longo de oito dos 11 anos em que as ações são investigadas. “Após minha saída, houve decisão desfavorável à empresa. A reversão da sentença ocorreu depois. Vejo a citação do meu nome como algo natural, pois trabalhei no período que corresponde a etapa da investigação. Porém, não posso comentar sobre a investigação, porque não fui notificado de nada”, afirmou ao CP.

Por ser deputado federal, ele tem foro privilegiado e só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar o material coletado pela PF e decidirá se pedirá ou não abertura de inquérito ao STF.

Motta não é o único político eleito que tem origem no Grupo RBS. Dois dos três senadores do Rio Grande do Sul eram funcionários do grupo: Ana Amélia Lemos (PP), eleita em 2010, e Lasier Martins (PDT), eleito em 2014.

A RBS divulgou nota que o ex-executivo deixou a empresa em 2009 para exercer carreira política. O grupo não comentou a investigação da Polícia Federal sobre a atuação da RBS junto ao Carf.

Com informações da Folha de São Paulo, Correio do Povo e Jornal Já. 

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