No dia 5 de julho, cerca de 20 jornalistas reuniram-se para debater o crescente número de episódios de violência contra profissionais da imprensa.Formado majoritariamente por assessores de entidades sindicais e de movimentos sociais, o grupo discutiu medidas para garantir mais segurança no exercício das atividades jornalísticas. O encontro ocorreu na sede do Sindprevs-SC, em Florianópolis.
Num primeiro momento, os profissionais presentes relataram casos de agressões, ameaças, apreensões de equipamentos e celulares, entre outros.
De acordo com Leonel Camasão, que representou o Sindicato dos Jornalistas na reunião, muitos desses casos não são comunicados ao Sindicato e às autoridades competentes, sendo que em alguns episódios não foi registrado boletim de ocorrência. O procedimento é de extrema importância, pois o registro oficial dos casos é fundamental para a tomada de medidas institucionais contra os agressores.
Camasão citou o relatório anual produzido pela FENAJ sobre a violência contra os jornalistas. Nos últimos dois anos, os casos de violência cresceram absurdamente, levando a região sul ao segundo lugar como região mais violenta do país, ficando atrás apenas do sudeste. Os principais agressores, de acordo com a pesquisa, são a polícia, seguidas dos manifestantes de protestos e de políticos.
Medidas
Dentre os encaminhamentos, o grupo vai buscar interlocução com o poder legislativo para debater o assunto, produzir um manual de procedimentos em coberturas de risco, além de sugerir aos sindicatos que adquiram equipamentos de segurança, dentre outros encaminhamentos.
Participaram jornalistas vinculados à CUT, Portal Catarinas, Aprasc, TV Floripa, Sintrajusc, Sindes, Sinasefe, Sindaspi, Sindprevs, Sintrasem, Fites, Fecesc, além dos mandatos dos vereadores Lino Peres, Afrânio Boppré e Marquito.