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XVIII ENJAC discute Assessoria de Imprensa e Liberdade de Expressão

A liberdade de expressão, redes sociais com ferramentas de comunicação e assessoria de imprensa como atividade jornalística foram os temas em evidência nos dois primeiros dias do XVIII Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (ENJAC). O encontro, que ocorre no município de Natal (RN), reúne cerca de 300 participantes de todos os sindicatos da categoria do País. Santa Catarina está sendo representada pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas, Valmor Fristche, e mais cinco jornalistas, dos quais quatro na condição de delegados com direito a voto nas decisões plenárias.

Com o tema central do evento “A Liberdade de Expressão e o Jornalismo em Assessoria de Imprensa”, as oficinas e painéis têm sido marcados por um debate aprofundado sobre o conceito do jornalismo como profissão e a função de assessoria de imprensa legitimada num novo posicionamento no campo de atuação. Neste sentido, o surgimento de outro perfil de profissional do jornalismo, os atuantes em assessorias de imprensa. A reflexão se faz pertinente e propícia à atual realidade quando mais de 60% de jornalistas brasileiros se encontram nas assessorias, segundo dados da Fenaj, de 2010. Existem mais de 1.200 agências do segmento e, pelo viés econômico, há expansão de negócios aliada à necessidade de exposição na mídia.

Embora o mercado apresente um crescimento gradual e constante, os jornalistas se mostram preocupados com a multiplicidade de atribuições e tarefas desempenhadas e em relação à pressão a que são submetidos, além das longas jornadas de trabalho. Também se discutiu a necessidade do atual mercado exigir dos jornalistas qualificação em áreas que vão além da especificidade da profissão, como Marketing, Gestão de negócios e marca, para se tornarem gestores estratégicos; bem como o equívoco muito presente do interesse do assessorado em detrimento do interesse social.

Outro ponto abordado em todos os espaços de debate foi o crescimento das mídias sociais. “A comunicação digital tem que ser vista como um conceito integrado também vinculado à área estratégia da comunicação”, disse o professor da UNP, Leonardo Gamberoni, durante uma das oficinas oferecidas durante o encontro. O tema é relevante quando estas novas ferramentas também se tornam “veículos” para a distribuição de notícias.

Durante o evento, foi lançada nacionalmente pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) a Campanha de Autodeclaração Racial e Étnica, cujo slogan é “Jornalista de verdade assume a sua identidade!” A inclusão do item raça/cor/etnia na ficha cadastral dos sindicatos dos jornalistas foi deliberada no 31º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizada em agosto de 2004, em João Pessoa (PB). A decisão deve ser cumprida pela FENAJ e os 31 sindicatos filiados. Em texto de folder distribuído no ENJAC, a justificativa da campanha: O racismo constitui o fundamento para a estruturação e a hierarquização racial das sociedades, colocando os/as afro-descendentes e os/as indígenas nos extratos mais baixos da pirâmide social, política e econômica. Sendo assim, o uso estratégico da informação estatística, capaz de reconhecer esses povos e as condições socioeconômicas em que vivem, é uma das ferramentas para que sejam incorporados nas políticas públicas em condições de igualdade.

Assista ao vídeo da campanha.

Nesta sexta-feira, foram realizadas as primeiras reuniões dos Grupos de Trabalho responsáveis pela sistematização das teses enviadas pelos estados. Santa Catarina enviou nove propostas de tese, aprovadas em assembleia.

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