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Empresas de comunicação de SC recusam proposta de desembargadora sobre reajuste salarial para jornalistas

Vice-presidente do TRT sugeriu alternativa acima do INPC durante audiência de mediação, mas empresas recusaram. Foto AgênciaAL

As empresas de comunicação de Santa Catarina declararam encerradas as negociações com os jornalistas do estado na discussão sobre a data-base de maio de 2023, mantendo a proposta de 0% de aumento real. Com mais 15% de perdas acumuladas durante o período da pandemia, os trabalhadores pedem um reajuste salarial de 3% além da inflação do período, que foi de 3,8%, entre maio de 2022 e maio de 2023.

Os empresários recusaram a proposta da desembargadora Quézia de Araújo Duarte Nieves González, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, que sugeriu uma proposta alternativa acima do INPC durante audiência de mediação realizada na tarde desta quarta-feira, 13. Mesmo diante da sinalização do Sindicato dos Jornalistas em avançar no diálogo, os empresários foram intransigentes.

Diante da desembargadora, os representantes das empresas também afirmaram que não aceitam levar o caso para Justiça do Trabalho, se valendo do que estabelece o artigo 141 da emenda constitucional 45/2004, que exige necessidade de comum acordo das partes para judicialização do acordo coletivo de trabalho.

O advogado do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Luiz Eduardo Fleck, argumentou que o pedido da categoria não é nada exorbitante e que reflete um aumento real de algo em torno de R$ 100 no piso dos jornalistas, e enfatizou que as empresas se amparam em “um subterfúgio da lei que defende as empresas e não os trabalhadores”.

A desembargadora Quézia de Araújo Duarte Nieves questionou se as empresas mantinham a proposta apresentada em 2023, de 0,17% acima da inflação —que representava um aumento real de R$ 5,12 no piso. O presidente do Sindicato das Empresas dos Proprietários de Jornais e Revistas, Ailton Coelho, também recusou manter tal proposta na mesa e disse que o assunto “foi tratado como chacota”.

Diante do impasse, o Sindicato dos Jornalistas vai reunir a Comissão de negociação para discutir com a categoria os próximos passos.

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