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Balanço 2010: menos jornalistas mortos, mais sequestros

Balanço 2010: menos jornalistas mortos, mais sequestros

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com sede em Paris, divulgou dia 30, último, seus números de 2010. Foram 57 jornalistas mortos, 51 sequestrados, 535 presos, 1.374 agredidos ou ameaçados, 504 casos de censura na mídia, 127 jornalistas que tiveram que deixar seus países, 152 blogueiros detidos e 52 agredidos, e 62 países afetados pela censura na internet. O número de jornalistas presos caiu 7% com relação ao ano anterior. O mesmo ocorreu com profissionais de imprensa (6%) e blogueiros (14%) agredidos e casos de censura (12%).

O número de jornalistas mortos caiu 25% de 2009 para 2010. Ainda que, segundo a organização, o número de jornalistas mortos em zonas de guerra venha caindo nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais difícil identificar os responsáveis por crimes em casos de profissionais mortos por gangues, grupos armados, agentes do Estado ou organizações religiosas. “Os profissionais de imprensa estão sendo assassinados por criminosos e traficantes de diversos tipos. Grupos do crime organizado e milícias são os principais assassinos. O desafio agora é como controlar este fenômeno. As autoridades dos países atingidos têm o dever de combater a impunidade em torno destes assassinatos. Se os governos não fizerem todo o esforço possível para punir os assassinos de jornalistas, tornam-se seus cúmplices”, afirmou o secretário-geral da RSF, Jean-François Julliard.

Cultura da violência

Jornalistas foram mortos em 25 países. Quase 30% dos crimes ocorreram em nações africanas – Angola, Camarões, República Democrática do Congo, Nigéria, Ruanda, Somália e Uganda. A Ásia teve 20 casos, 11 deles no Paquistão. Na União Europeia, foram dois casos, na Grécia e em Látvia. O Iraque teve sete mortos. Dos 67 países onde houve assassinatos de jornalistas nos últimos 10 anos, oito são recorrentes: Colômbia, Afeganistão, México, Iraque, Paquistão, Filipinas, Somália e Rússia. Estes países, afirma a RSF, não evoluíram, e uma cultura de violência e impunidade se tornou cada vez mais fortalecida.

Já o número de jornalistas sequestrados aumentou em 2010. Foram 29 casos em 2008, 33 em 2009 e 51 no ano passado. A neutralidade dos profissionais de imprensa é cada vez menos respeitada em zonas de conflito. Pela primeira vez, todos os continentes tiveram jornalistas sequestrados – foram 22 casos na Ásia, 10 nas Américas, oito na África, seis no Oriente Médio e cinco na Europa.

Por Leticia Nunes (edição e tradução), em 4/1/2011
Publicado no site Observatório da Imprensa

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