Em manifesto lançado nacionalmente, centrais sindicais, entidades representativas de movimentos sociais e organizações de ativistas convocaram mobilizações em todo o país para o dia 13 de março. O Dia Nacional de Lutas destacará, entre seus eixos, a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás, da Democracia e da Reforma Política. A FENAJ orienta os Sindicatos de Jornalistas e a categoria a participar das manifestações em seus respectivos estados e cidades.
A expectativa para a mobilização que está sendo organizada para as 16 horas do dia 13 (sexta-feira da próxima semana), na Avenida Paulista, em São Paulo, é de reunir pelo menos 40 mil pessoas. Entre as questões trabalhistas que serão combatidas constam as medidas de ajuste fiscal do governo (As MPs 664 e 665), que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, e o PL 4330, que libera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando o subemprego e reduzindo salários.
“Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT”, diz O manifesto, assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Central dos Movimentos Populares (CMP), Movimento de Atingidos por Barragem (MAB), Fora do Eixo, Mídia Ninja, Levante Popular da Juventude, Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FAF) e Movimento Nacional das Populações de Rua (MNPR).
O documento sustenta, também, que um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é combater o retrocesso político no país e defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social.
A defesa da Petrobrás como empresa que mais investe no Brasil e é estratégica para o desenvolvimento do país – mais de R$ 300 milhões por dia, e que representa 13% do PIB Nacional -, sustenta o manifesto, se traduz em não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Mas nem por isso significa colocar panos quentes nos escândalos de corrupção. “Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam presos. Tanto os corruptores, como os corruptos”, diz o texto.
Defendendo a democracia e combatendo o retrocesso político, as entidades convocam a classe trabalhadora e setores populares a participarem das mobilizações do dia 13 de março e afirmar a necessidade da reforma política no país para acabar com a corrupção e financiamento empresarial das campanhas eleitorais. “Não cabe às grandes empresas e às corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades do povo”.