“A figura do jornalista continua sendo o centro da produção noticiosa ou de entretenimento. Todos os equipamentos em uma redação são apenas isso: equipamentos. O coração e o cérebro, de verdade, são os jornalistas. São eles que saem as ruas, entram nas casas, nas fábricas, nos estádios ou nas repartições públicas para encurtar a distância entre o que ocorre nestes locais e a casa do cidadão”. Assim definiu o presidente Ricardo Fabris (PDT), ao se pronunciar sobre a profissão jornalista, na noite desta quinta-feira (28/5), na Sessão Especial dedicada aos 60 anos do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. O evento, proposto por Fabris contou com a presença de vereadores, profissionais da área, acadêmicos do curso de Jornalismo da SATC, e professores.
Fabris destacou ainda que “não há dúvidas que há uma mudança muito forte na relação entre a imprensa e o poder, a imprensa e a notícia e entre a imprensa e o cidadão podemos chamar de evolução as mudanças que ocorrem desde que o catarinense Jerônimo Coelho se aventurou na criação da imprensa em Santa Catarina, no distante e imperial Brasil de 1831. A notícia se transformou num instrumento de formação da rede social, do aculturamento do povo e da fiscalização dos atos oficiais ou das pessoas com vida pública. E, principalmente, muito evoluiu a imprensa no aspecto tecnológico para apuração e produção do conteúdo jornalístico”, complementou.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, João Aderbal da Rosa Filho, lembrou a importância do diploma e pediu apoio do Legislativo para mandar Moção de apoio à categoria. “Esses 60 anos são marcados de fato por uma constante defesa de liberdade de expressão de imprensa, democratização da comunicação, marcado pela necessidade da defesa e valorização da profissão. A iniciativa que a Câmara empreende em homenagear os 60 anos é uma iniciativa que aponta claramente da perspectiva da valorização”, comentou. “Essa homenagem é mais que ao sindicato, mas a todos os profissionais de Santa Catarina”, acrescentou.
A filha do jornalista Lício Silva, que recebeu a homenagem, se mostrou orgulhosa. “É um momento de orgulho ao saber que meu pai está sendo lembrado pelo grande profissional que foi, e como exemplo aos jornalistas. Para ele o jornalismo é uma paixão”, comentou Licimere Barbosa Nesi. Ela veio ao lado do esposo, Joelson Nesi, e do filho Mateus Barbosa Nesi. Lício Silva, que morreu em dezembro de 2011 aos 86 anos, foi homenageado pelos relevantes serviços prestados à categoria e à sociedade catarinense.
Conheça – No dia 13 de maio de 1955, quando o Rio de Janeiro ainda era a capital do Brasil, o “Ministério dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio” expediu a Carta Sindical que transformou a Associação dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina em entidade sindical.
Nestas seis décadas de existência, a entidade representativa dos jornalistas em Santa Catarina, para além da defesa dos interesses específicos de sua categoria, vivenciou os momentos marcantes de seu tempo, como o combate à ditadura e a luta pela redemocratização do país, a defesa das liberdades de expressão e de imprensa, entre tantas outras lutas. A Assembleia Legislativa também já prestou sua homenagem ao sindicato pela passagem dos 60 anos.
Texto: Daniela Savi
Câmara de Vereadores de Criciúma