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Jornalista de SC cria projeto grátis que beneficia crianças e adolescentes na Grande Florianópolis

Projeto visa melhorar a comunicação oral e escrita dos participantes usando elementos do jornalismo

Melhorar a comunicação oral e escrita de crianças, adolescentes e jovens usando elementos de tv e redes sociais. Este é o principal objetivo da oficina “Como Melhorar a Comunicação do aluno com uma tv Pedagógica”, que está com inscrições abertas de forma gratuita no Conselho Comunitário do Bairro Bela Vista, localizado na Avenida Santa Catarina, 630, em São José (próximo ao Bistek da Avenida das Torres).

As oficinas ocorrerão às terças e quintas-feiras das 18h às 19h30 para alunos preferencialmente com faixa de idade entre 12 a 20 anos. Há opção de escolha para sábado das 10 às 11h30. São nestes horários que devem ser feitas as inscrições no conselho comunitário. A oficina será ministrada pelo professor de Língua Portuguesa, jornalista e mestre em Ciências da Linguagem Antonio Prado, com experiência de mais de 30 anos no jornalismo e magistério.

Os estudos terão a duração de seis meses e durante o período os alunos aprenderão aspectos do jornalismo para tv e redes sociais como: técnica de produção de notícia, de cinegrafia, apresentação de telejornal, produção de reportagem, noção de filmagem, roteiro, entre outros.

Durante a oficina será montado uma equipe de comunicadores, que produzirá um telejornal com notícias do Bairro Bela Vista e Conselho Comunitário, a ser vinculado no Youtube e redes sociais. A equipe será composta por apresentadores, repórteres e cinegrafistas. O celular será o principal instrumento a ser utilizado no processo.


Prado, durante oficina. Divulgação/SJSC

Jovem como protagonista

A oficina “Como Melhorar a Comunicação do aluno com uma tv Pedagógica” será um projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, da Secretaria de Cultura e Turismo de São José, Ministério da Cultura e Governo Federal, via Lei Paulo Gustavo.

“Percebe-se que em muitos casos que a expansão da internet e das redes sociais têm proporcionado um retrocesso na comunicação oral e escrita dos jovens e no pensamento crítico. Muitos apenas reproduzem falhas comunicacionais das redes, ativam o Control C, Control Z, usam em expresso a inteligência artificial, e quando se deparam com uma caneta e um papel para produzir um pensamento, ideia, ou um texto, sem o uso do Google com o copia e cola, não saem do lugar. E isso é preocupante. E a ideia da nossa oficina é justamente fazer com que o jovem possa ser protagonista de uma aprendizagem e consiga desenvolver uma boa comunicação. Saber falar com a câmera, possa produzir um texto, gravá-lo em áudio, editá-lo com imagens e transformá-lo em pequenas matérias jornalísticas usando toda a criatividade e o humor da adolescência”, destaca o professor Prado.


Divulgação/SJSC

Projeto para jovens começou em 2003

Natural de Castanhal, no Pará, e radicado há 23 anos na Grande Florianópolis, em especial em São José, Prado, desde 2003, vem desenvolvendo projetos de comunicação que visam melhorar a comunicação oral e escrita do aluno usando elementos de rádio e tv. Foi assim que em 2003, quando criou a primeira rádio escolar em Florianópolis, na Escola Estadual América Dutra Machado, no Monte Cristo, quando era professor de Língua Portuguesa. Pouco tempo depois criou a “Rádio Escolar Forquilhão”, na escola do mesmo nome, no bairro de Forquilhinha, em São José.

Em 2009 foi convidado pelo Colégio Estimoarte, na Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis, a implantar uma rádio na instituição. E assim surgiu a “Estimorádio”, que até 2014 foi o principal veículo de comunicação da escola, com os comunicadores mirins produzindo as principais notícias do colégio.

Já em 2021, a pedido da organização não governamental Instituto Escola Cidadã (IEC), implantou no bairro Monte Verde, a primeira tv pedagógica da Capital, em que os alunos foram protagonistas como repórteres, apresentadores e cinegrafistas. Tal projeto funcionou dentro do Programa Bairro Educador (PBE), executado pela IEC para a Secretaria de Educação da Prefeitura de Florianópolis.

Projeto no Bairro Vila Aparecida

Agora, desde dezembro de 2023, o jornalista executa a Oficina de Comunicação a estudantes carentes do bairro Vila Aparecida, na capital, pelo PBE. Durante as aulas os educandos aprendem técnicas de entrevista, produção textual, produzem reportagens, gravam programas televisivos e também em formato de podcasts, distribuídos nas funções de repórteres, apresentadores e cinegrafistas.

Paralelo aos trabalhos desenvolvidos nas comunidades da Vila Aparecida e Bela Vista, Antonio Prado executa atualmente o Projeto Jornalista Mirim no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação (Naahs) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Pelo projeto os estudantes já produziram telejornais e matérias específicas sobre as ações da FCCE nos formatos para o YopuTube e também para as redes sociais.

Publicou livro sobre memória histórica

Antonio Prado começou no jornalismo em Castanhal, PA (a 73km de Belém), em 1989, ainda como aluno secundarista, já que no município não havia faculdade na área. Passou por jornais como “O Independente”, “A Tribuna”, “A Tribuna de Castanhal”, “TV Tauari”, “TV SBT” e no jornal católico “A Voz de Nazaré”, de Belém do Pará. Foi ainda assessor de Comunicação da Prefeitura de Castanhal entre 1995 a 2000.

Em 2020 publicou o livro “Castanhal, Memória em Pedaços”, em que conta a memória histórica do município natal a partir do ano de 1893 em quase 500 páginas depois de 14 anos de pesquisas históricas.

Em junho de 2000, quando chegou em terras catarinenses, precisamente em Itajaí, editou os jornais estudantis “DCE” e “Jornal do Direito”, ambos ligados ao Diretório Estudantil da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). No mesmo período foi professor de Língua Portuguesa em caráter temporário na Escola Estadual Elizabeth Konder Reis. Já em 2001, ao se mudar para a Capital, atuou como assessor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto de Santa Catarina (Sintae), período em que editou os jornais sindicais “Conexão” e “Bomba D’àgua”.

Atuando como assessor de imprensa da Fesporte

Posteriormente atuou como professor de Língua Portuguesa das Escolas Estaduais Lauro Müller, Celso Ramos (ambos no Centro) e América Dutra Machado (no bairro Monte Cristo), este já como servidor público concursado. Em 2003 foi transferido para a Assessoria de Comunicação da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), atuando até junho de 2023, mês em que foi lotado a pedido, na Assessoria de Comunicação da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE).

Já em 2009 criou o site e o canal “Memória Esportiva de Santa Catarina”, em que resgatou mais de 500 momentos históricos do esporte catarinense. Em 2022 criou o canal “Nu Contexto”, no YouTube, espaço que dispõe de mais de 100 programas que resgatam a memória histórica de pessoas, lugares e ventos relacionados a cultura ao turismo de Santa Catarina.

Antonio Prado conta que desde pequeno pensava em ser jornalista. “Quando criança, aos 12 anos, ficava narrando as peladas nos campinhos de futebol do meu bairro, em Castanhal. Com uma câmera e um microfone, ambos de papelão, entrevistava meus amigos depois dos jogos. Quando via um jornalista ao vivo trabalhando dizia a mim mesmo:’um dia vou ser assim, um jornalista'”, lembra.

Carreira começou por acaso em 1989

No ano de 1989, quando participava de um grupo de jovens da igreja, Prado teve a ideia de criar um jornalzinho para noticiar as ações do grupo. A proposta foi aceita e criou-se o jornal “O Grêmio”, informativo totalmente artesanal, cuja matriz era datilografada e reproduzida por xerocópia. “Os títulos eram recortados letra por letra das revistas da época e como não tínhamos máquina fotográfica recortávamos uma foto qualquer de uma revista e dizíamos que era e personagem da matéria”, lembra Prado aos risos.

O jornalzinho fez tanto sucesso no grupo de jovens e na escola estadual Clotilde Pereira, onde Prado estudava o 1o ano do Ensino Médio, que um professor de Geografia, Haroldo Lucas, convidou o jovem para fazer um teste no jornal da cidade. Três meses depois o garoto era contratado pelo jornal. Começava assim a trajetória de Antonio Prado no jornalismo.

Antonio Prado é formado em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em Jornalismo pela Faculdade Estácio de Sá e tem mestrado em Ciências da Linguagem, com ênfase em mídias, pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).

SOBRE A OFICINA DE COMUNICAÇÃO NO BAIRRO BELA VISTA

O QUÊ? Oficina grátis “Como Melhorar a Comunicação do aluno com uma tv Pedagógica”.
ONDE? Sede do Conselho Comunitário do Bairro Bela Vista, em São José (Av. Santa Catarina, 630, às proximidades do Bistek da Avenida das Torres).
COMO FAZER INSCRIÇÃO? Sede do Conselho Comunitário às terças e quintas, das 18 às 19h30 ou pelo WaTzap 48 9 9949-5255 com o professor Antonio Prado.

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