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Cinco reais de “aumento”, não paga nem uma passagem de ônibus

Depois de quase seis meses de negociação em busca de reposição por perdas passadas, jornalistas de Santa Catarina foram surpreendidos pelas empresas de comunicação com a proposta de R$ 5,12 acima da inflação no estilo “é pegar ou largar”. Isso não paga nem uma passagem de ônibus em boa parte das cidades catarinenses.

Após várias rodadas de negociação, desde maio deste ano, a proposta dos trabalhadores caiu de 11,66% (inflação de 3,83% + perdas de 4,85% + 2,98% de ganho real) para 6,83% (inflação de 3,83% + perdas de 3%).

Mas os empresários estão irredutíveis e sinalizaram na reunião desta quarta, 18 de outubro, com um arredondamento da inflação de 3,83% para 4% ou 0,17% acima da inflação, o que representa uma migalha de R$5,12 no piso salarial da categoria que já está no subsolo.

Agora, com um cenário de reajuste do salário mínimo em 2,98% acima da inflação, onde mais de 90% das negociações com data-base de maio obtiveram ganho real, as empresas de comunicação de Santa Catarina acenam com um “aumento” que não paga nem uma passagem de ônibus.

A imprensa catarinense é subsidiada com verbas públicas, dos Governos, da Assembleia Legislativa, das Prefeituras e Câmaras Municipais, isso sem falar de setores como a FIESC, que têm apoiado os meios de comunicação.

Diante desta proposta, os jornalistas de Santa Catarina conclamam a população catarinense, que também tem seus impostos canalizados para essas empresas, para a apoiar a campanha #5reaisnão nas redes.

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