A PEC que restabelece a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista deve ir à votação até final de junho e início de julho, dependendo de quórum na Câmara dos Deputados. Na última audiência dos dirigentes sindicais de todo o país com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o parlamentar mostrou disposição de apoiar a iniciativa.
Para aprovação, a PEC precisa ter o voto de pelo menos 308 deputados. Para que isso ocorra, a FENAJ está orientando os sindicatos para que intensifiquem os contados com os líderes partidários e com os deputados federais em seus estados para aumentar a pressão em favor da aprovação da medida.
O presidente da FENAJ, Celso Schoröder, diz que a aprovação tem que ser imediata e que a categoria está com grande expectativa em relação à posição dos deputados. “A Câmara vai dar uma resposta à ação do Supremo Tribunal Federal (STF) e quanto mais rápido vier esta resposta, melhor”, disse Schoröder.
Em Santa Catarina, o Sindicato dos Jornalistas consultou os gabinetes do 16 deputados federais para saber como os mesmos se posicionam em relação ao tema. Todos os parlamentares dos sete partidos da bancada catarinense (PMDB, PSD, PSDB, PT, PP, PPS e PR) declararam apoio à PEC do Diploma.
Existe uma grande pressão contrária por parte dos empresários da comunicação. Recentemente, o jornal O Globo publicou editorial criticando a mobilização dos jornalistas pela volta da obrigatoriedade do diploma. Por isso, é fundamental que todo jornalista envie e-mail aos deputados federais pedindo apoio à PEC do Diploma. No Senado, a PEC do Diploma foi aprovada em primeira votação, em 2013, com 65 votos favoráveis e sete contrários. Na segunda, foram 60 votos sim e apenas 4 não. A medida tenta neutralizar a decisão do STF de junho de 2009, que revogou a exigência do diploma para jornalistas.
