O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, a Federação Nacional dos Jornalistas e a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial se solidarizam ao repórter Luís Adorno, do portal Uol, que na tarde de domingo (14/06) foi agredido por um policial militar enquanto filmava uma abordagem da PM em manifestação na Avenida Paulista.
O jornalista, que é negro, filmava a abordagem policial a três jovens identificados como neonazistas, que teriam provocado manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro. Um dos rapazes abordados pela PM vestia um agasalho com suásticas nazistas na manga. Enquanto gravava a abordagem, o repórter foi empurrado por um policial militar branco, sem identificação, o que fez cair o aparelho celular, e danificá-lo.
Questionado pelo jornalista sobre a agressão, o PM respondeu: “Vem cá, vamos trocar uma ideia, o que você falou aí? O que você falou aí?”, e em seguida xingou o repórter.
O jornalista foi à delegacia para registrar ocorrência, e lá foi intimidado pelo mesmo PM que o agrediu. “Vamos trocar uma ideia, ficou com medo?” disse o policial.
As entidades repudiam a agressão, ameaça e intimidação do policial militar, e questionam o fato de o agente estar sem identificação, dificultando assim a denúncia. Sindicato, FENAJ e Cojira-sp cobram a devida responsabilização do agressor, e lembram que o Estado deveria ser garantidor dos direitos de manifestantes e jornalistas, e não violador.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Federação Nacional dos Jornalistas
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo