Dirigentes do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina fizeram ontem (14) uma panfletagem em frente à sede da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), onde ocorreu, por volta do meio-dia, a posse da nova diretoria do Sindejor/SC (Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas de Santa Catarina). O objetivo foi denunciar a intransigência patronal com relação à campanha de negociação coletiva dos jornalistas que já se arrasta há mais de um ano.
O SJSC distribuiu nota à população e aos empresários presentes à solenidade de posse, em que critica a insensibilidade dos donos de veículos de comunicação para com os jornalistas. A entidade cobrou dos empresários do setor “uma postura condizente com o discurso de responsabilidade social”, que costuma encher muitas páginas dos seus relatórios de gestão. “Na prática, o que se vê é um completo descaso com a categoria”, desabafa o presidente do Sindicato dos Jornalistas de SC, Valmor Fritsche.
Segundo ele, desde março de 2013, o SJSC busca, sem sucesso, um acordo com os patrões. Em algumas regiões do estado, jornalistas ainda estão recebendo o defasado piso salarial de R$ 1.600,00 – valor bruto.
No texto distribuído na Fiesc, o SJSC informa ainda que, até o momento, apenas o Grupo RIC/Record se mostrou sensível às reivindicações da categoria e assinou um Acordo Coletivo de Trabalho, garantindo um reajuste que corrigiu todos os salários pelo INPC retroativamente a maio de 2013 e elevou o piso para R$ 1.775,00 a partir de janeiro de 2014, além do pagamento de um abono de R$ 25,00 (totalizando R$ 1.800,00).
Já o sindicato patronal prossegue protelando as negociações, ao apresentar propostas rebaixadas e distantes do propalado objetivo de valorização profissional.
NOVA PROPOSTA
Em contato feito com a direção do Sindejor/SC ainda no dia de ontem, os patrões assumiram o compromisso de voltar a negociar imediatamente e propuseram uma reunião a ser realizada na tarde desta quinta-feira (15) para que, finalmente, possa se chegar a um acordo.