O ano de 2015 foi de turbulências na política, na economia e na vida das pessoas. Não foi diferente com os jornalistas de Santa Catarina. Nesta matéria, relembramos as 10 notícias mais lidas em nossa página no ano que passou. Desde as notícias da campanha salarial até os atrasos em salários, as mais lidas contaram também com oportunidades em concursos públicos e casos de violência contra jornalistas. Confira abaixo.
10. Patrões propõem aumento parcelado do piso
A notícia, de junho de 2015, relatava o atual estágio das negociações salarias dos jornalistas, onde os patrões propunham um piso de R$ 2.080 retroativos a maio de 2015, com R$ 2.100 em novembro. No entanto, os negociadores do SJSC consideraram-na insuficiente e apresentaram nova proposta prevendo reajuste salarial e aumento real já a partir de maio.
9. Band-SC atrasa salários novamente
Em novembro, o SJSC noticiava à categoria que a Band-SC atrasava os salários de seus funcionários mais uma vez naquele ano. Outro atraso já havia ocorrido em julho. Por conta dos problemas, a empresa havia se tornado alvo de um inquérito civil no Ministério Público do Trabalho.
8. RBS e RIC demitem jornalistas em SC
Em junho de 2015, o SJSC já havia registrado a demissão de 23 jornalistas na grande Florianópolis, em especial, na RBS e na RIC-Record.
7. IFSC abre concurso para jornalista em SC
Divulgada em setembro, o concurso para jornalistas no IFSC apresentava apenas duas vagas, mas se tornou uma das notícias mais lidas de 2015. Os salários variavam conforme a titulação do candidato, e poderiam ficar entre R$ 4.387 (graduação) e R$ 9.012,50 (doutorado).
6. Band-SC é investigada pelo Ministério Público após denúncia do SJSC
Datada de 11 de setembro, a matéria relatava a decisão do Ministério Público do Trabalho (MPT) de abrir um inquérito civil contra a Band-SC, a partir de denúncia do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC). Além do atraso nos salários, o Sindicato denunciou o enquadramento irregular de dezenas de profissionais jornalistas, registrados como radialistas.
5. Patrões propõem aumento real ZERO para jornalistas
Reajuste salarial pelo INPC (8,3407%), manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva em vigor e nada de aumento real. Esta foi a contraproposta patronal à pauta de reivindicações dos jornalistas em Santa Catarina, apresentada na rodada de negociação do dia 20 de maio. Os negociadores do SJSC, no entanto, contra-argumentaram, apresentando alguns dados econômicos do setor como a ampliação dos lucros do Grupo RBS, que aumentaram quase 20% em relação ao ano passado; o fato de SC ter a menor taxa de desemprego do país e ainda, uma renda per capita maior do que os vizinhos Rio Grande do Sul e Paraná
4. Bolsonaro à repórter da RIC: “Você é solteira?”
Em visita à Blumenau para debater o fim do Estatuto do Desarmamento, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) assediou Danúbia de Souza, repórter da RIC-Record e ex-diretora do Sindicato dos Jornalistas, durante uma entrevista. “Você é solteira? Vou te apresentar meu filho depois, ok? Você vai conhecer meu filho. É da família Bolsonaro. Esse não nega fogo não!”.
3. Convenção é aprovada e novo piso é de R$ 2.090,00
Em primeiro de julho, o site do SJSC noticiava o fim da negociação coletiva de 2015/2016, com um acordo em torno do novo piso salarial, de R$ 2.090,00 retroativos a maio de 2015, passando para R$ 2.100 em janeiro de 2016. A proposta para o acordo foi aprovada pelos jornalistas nas maiores redações do estado. Foram consultados os profissionais do Diário Catarinense, RBS TV, Notícias do Dia e RIC/Record em Florianópolis; Notícias do Dia, RBS TV e A Notícia em Joinville; RIC/Record, Jornal de Santa Catarina e RBS TV em Blumenau.
2. Aprasc critica Cacau Menezes por “objetificação da mulher
Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) criticou o colunista Cacau Menezes e o Grupo RBS, por conta da foto de uma policial publicada no Diário Catarinense de 10 de setembro. Na imagem, a policial aparecia de costas, sob os dizeres: “Opinião é unânime: a qualidade da PM de Santa Catarina é a melhor do Brasil”. A associação considerou que a publicação incita à cultura da mulher como objeto sexual, e consequentemente, a cultura do estupro.
1. Homem armado entra no prédio do Diário Catarinense e ameaça jornalistas
Um homem armado entrou no prédio do Diário Catarinense ameaçando os jornalistas a “cuidarem com o que escrevem”. Os profissionais reclamam que o comando da redação não prestou nenhum esclarecimento e pedem mais segurança. A direção da empresa minimizou o fato, afirmando tratar-se de um desequilibrado.