Concurso promovido pelo SJSC e ACI tem patrocínio da Eletrosul
O repórter-fotográfico Diego Redel, do Diário Catarinense, venceu a 3ª edição do Troféu Olívio Lamas de Fotojornalismo, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas e Associação Catarinense de Imprensa, com patrocínio da Eletrosul. Os ganhadores foram anunciados na noite de hoje (11/12), na Assembleia Legislativa. Redel, de 28 anos e 12 de profissão, recebeu R$ 3 mil como prêmio pela imagem ‘Resgate Aéreo no Morro do Baú’, produzida na épica cobertura das cheias de novembro de 2008 no Vale do Itajaí.
Em segundo lugar ficou Gilmar de Souza, do Jornal de Santa Catarina, de 49 anos e 30 de profissão. A foto de Souza (‘Desconforto’) igualmente teve relação com as cheias – flagrou a inusitada cena de um deslizamento que atingiu o cemitério do bairro Garcia, em Blumenau, e deixou um caixão prestes a cair. O terceiro lugar foi concedido a Hermínio Nunes, também do DC, com a foto ‘Revista’, durante uma operação pente-fino no presídio de Tijucas. Souza e Nunes receberam R$ 2 mil e R$ 1 mil, respectivamente.
Os três trabalhos que receberam menção honrosa foram para fotógrafos do Grupo RBS: Maurício Vieira (Hora de Santa Catarina) e outras duas fotos de Hermínio Nunes (DC) e Gilmar de Souza (Santa). Os jurados foram Orestes Araújo, Elaine Borges, Tarcisio Mattos, Mauro Ferreira e Carlos Pereira. “Os resgates eram as fotos mais perseguidas pelos muitos fotógrafos – de todas as partes do país – que fizeram a cobertura das cheias de novembro de 2008 no Vale do Itajaí”, relatou Diego Redel. “Consegui uma imagem pouco comum, porque não tive condição de apuro técnico, havia muito movimento, era difícil enquadrar. Tive sorte, mas fui premiado pela persistência”, concluiu.
Natacha Zeferino dos Santos, acadêmica da sétima fase de Jornalismo da Unidavi de Rio do Sul, ganhou na categoria ‘Estudantes’. Os 20 melhores trabalho percorrerão o estado em exposições públicas.
A iniciativa do SJSC e da ACI homenageia o repórter-fotográfico Olívio Lamas, um dos mais brilhantes profissionais do Jornalismo brasileiro, que acumulou prêmios como ‘Esso’ e ‘Vladimir Herzog de Direitos Humanos’, além de uma destacada militância em defesa da ética e da cidadania. Natural de Rio Grande (RS), iniciou sua formação em Porto Alegre, onde trabalhou em veículos como Zero Hora, Correio do Povo e Folha da Manhã. Transferiu-se para São Paulo, onde foi editor da sucursal de O Globo. Em Santa Catarina, aonde veio morar em 1988, foi editor de fotografia de O Estado e freelancer do Jornal do Brasil e da revista Globo Rural. Com 40 anos de profissão e 58 de idade, faleceu em 23 de junho de 2007. (com informações de Carlos Stegemann).